Confiras as estreias das telonas na Capital e em Campina Grande

Renato Félix
Do Jornal da Paraíba

Não existe “versão oficial” de Robin Hood a ser seguida. Apesar de ter até túmulo, nunca foi comprovado se realmente existia o lendário herói inglês que - na versão mais conhecida - roubava dos ricos para dar aos pobres (que eram massacrados por pesados impostos).

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A tradição oral foi adicionando elementos até o mito ficar como é conhecido nesta sexta-feira (14). Tendo isso em vista, o diretor Ridley Scott e o roteirista Brian Helgeland jogaram tudo para o alto e reinventaram a coisa toda em Robin Hood (Robin Hood, Estados Unidos/ Reino Unido, 2010, estreia hoje em JP e CG).

Com Russell Crowe no papel principal, é mais fácil relacionar esse filme com Gladiador (2000) do que com a história dos homens alegres da floresta de Sherwood. Este filme está certamente muito distante da agilidade e diversão do insuperável clássico As Aventuras de Robin Hood (1938) ou mesmo do romantismo de Robin Hood, o Príncipe dos Ladrões (1991).

Agora, Robin é um soldado inglês que, voltando das cruzadas, assume a identidade de um cavaleiro ao receber dele, moribumbo, a missão de levar de volta a coroa e entregar ao novo rei.

Depois disso, assume as terras do cavaleiro, em Nottingham, e também sua esposa, Marian (Cate Blanchett). Como Robert Loxley (e não Robin Hood) entra em conflito com o xerife local (Matthew Macfayden) e acaba fora-da-lei. O elenco ainda tem Max von Sydow, William Hurt e a francesa Léa Seydoux (de A Bela Junie).

Scott chegou a dizer em entrevistas que não entendia por que Marian era sempre mal-humorada e que o trabalho iria fazer bem. E mete Robin em uma batalha contra uma invasão francesa. Ou seja: não espere o Robin Hood que você conhece.

Os Homens Que Não Amavam as Mulheres

Os Homens que Não Amavam as Mulheres (Män som Hatar Kvinnor, Suécia/ Dinamarca/ Alemanha/ Noruega, 2010, estreia hoje em JP) chega aos cinemas e as editoras aproveitaram para lançar a trilogia literária Millennium, de Stieg Larsson. Mas o filme, por si só, está sendo bastante elogiado.

A trama policial - o ponto de partida é o desaparecimento de uma adolescente há 35 anos que volta a ser investigado - ganha o reforço de uma dupla de detetives: um jornalista processado por calúnia e difamação e uma investigadora antissocial (e hacker) se unem para resolver o caso. (RF)