CULTURA
Conheça a história de Larissa Pereira, a repórter que sempre bateu um bolão
Há 6 anos na TV Cabo Branco, a jornalista revela sua paixão pelo futebol, não apenas como torcedora, mas também brilhando nas quadras.
Publicado em 22/11/2015 às 8:00
De pés descalços e com muita energia, a pessoense Larissa Pereira teve a infância marcada pelas brincadeiras na rua e pelos jogos de futebol num campinho perto de sua casa. Engana-se quem pensa que ela ficava apenas na arquibancada assistindo. A repórter da TV Cabo Branco fazia questão de entrar em campo e bater um bolão. Caçula de um quarteto de irmãos, desde muito pequena acompanhava tudo que envolvesse o esporte, assistindo com o pai aos programas futebolísticos e sempre conferindo as mudanças na tabela do Campeonato Brasileiro.
Driblando os obstáculos financeiros, Larissa conseguiu uma bolsa de estudos em uma tradicional escola particular de João Pessoa. Dedicada, ela mandava bem nas notas e nas atividades esportivas. Era a capitã do time de futsal do colégio e hoje guarda com orgulho diversos troféus e medalhas. Chegou até a receber, em uma competição, o título de “melhor ala-direita”. “Sempre que a gente ganhava alguma coisa, todos os alunos e professores se juntavam para ver o prêmio. Eu me esforçava muito. Era o mínimo que eu podia fazer para retribuir tudo aquilo que a escola me proporcionou”, relembra.
Ainda na infância, a paixão pelo futebol se aliou a outra: a Comunicação. “Quando eu tinha mais ou menos oito anos, fiz um jornalzinho chamado ‘Aborrecente’, era com folha de papel pautado, escrito à mão e eu distribuía pela vizinhança. O nome era estilizado, escrito como uma onda. Não lembro muito bem do que ele tratava, mas na minha cabeça era noticioso”, conta, entre risos.
Não deu outra. Quando cresceu mais um pouco, Larissa se graduou em Rádio e TV, logo em seguida prestou o vestibular novamente e entrou no curso de Jornalismo, ambos na Universidade Federal da Paraíba. Foi nessa época que ela conseguiu um estágio na produção da TV Cabo Branco. “Aprendi bastante e tive a oportunidade de produzir quadros muito marcantes, como o antigo ‘Eu quero justiça’, apresentado por Laerte Cerqueira”, disse.
A contratação para trabalhar como repórter na afiliada pessoense da Rede Globo não demorou. Logo uma vaga apareceu e a jovem foi chamada para fazer um teste. “Fiz duas matérias que, por coincidência, foram sobre futebol. Como assistia muito aos programas esportivos, eu já dominava a linguagem. Me diverti tanto, que nem pensei que era uma oportunidade que iria mudar a minha vida”.
Há 6 anos na emissora, a jornalista declara seu amor pelas reportagens de rua, que encara faça chuva ou faça sol. “Eu sou toda bronzeada nos pés e nas mãos, mas as marcas que a experiência nos deixa verdadeiramente são muito mais que o bronzeado. São marcas de histórias de vida, de superação. É na rua que conhecemos os personagens, a realidade”, destacou.
Larissa, tão premiada na infância pelo esporte, continua subindo nos pódios, mas agora pelos méritos que vem alcançando com a sua trajetória profissional. Vencedora de vários concursos de Jornalismo, ela considera os troféus valiosos reconhecimentos de seus esforços, e diz que não consegue definir qual foi o mais marcante. “Sempre que vão anunciar o resultado e falam o meu nome, me dá um frio na barriga como se fosse o meu primeiro prêmio”, revelou.
Além da rotina agitada do telejornalismo, a repórter se encontra na reta final de seu mestrado em Comunicação. A dissertação deve ser defendida no primeiro semestre de 2016. Com o trabalho e os estudos correndo a todo vapor, não tem sobrado tempo para o esporte. Contudo, ela continua com a determinação dos tempos de atleta, sonhando alto, mas dando o devido valor às pequenas coisas. “Desde criança, sempre tive que batalhar muito, então tudo tem o gostinho de vitória”.
Aos 29 anos - completados no último dia 7-, a escorpiana hoje é uma mulher que se realiza a cada dia sem perder a essência do passado. “Ainda sou a menina que brincava de bola com os pés descalços”. (Especial para o Jornal da Paraíba)
Comentários