CULTURA
Conheça os encantos de Cuba pelas imagens de Rizemberg Felipe
Repórter fotográfico do JORNAL DA PARAÍBA compartilha visões curiosas sobre o local que carrega a mistura do velho e do novo.
Publicado em 11/04/2016 às 7:00
Cuba não é só charutos e carros antigos. Pelo menos foi esta uma das lembranças que o repórter fotográfico Rizemberg Felipe trouxe consigo, após voltar de uma recente viagem à ilha comunista que vem se abrindo para o mundo. Além das experiências, o profissional, que já retratou o exotismo de lugares como Machu Picchu, no Peru, e Nova Delhi, na Índia, teve também a oportunidade de captar em imagens todo o charme vintage do país localizado na América Central.
“Uma das fotos que achei bem impactante eu tirei quando estava na Havana Nova, onde tem prédios super coloridos e carros bem velhos, que contrastam com o bairro”, lembrou. “Tinha um carro verde com um homem na frente que vestia uma camiseta com os dizeres Somos los mejores. Para mim, essa imagem representa toda a autoestima dos cubanos, sem deixar de mostrar outros elementos importantes”, acrescentou.
Embalado por ritmos musicais como rumba, mambo e salsa, Rizemberg desfrutou de um roteiro que compreendeu não apenas gastronomia e belas paisagens, mas uma imersão completa na cultura local. E foi por meio de sua fiel companheira, a câmera, que ele também conseguiu eternizar em cliques a arquitetura cubana, composta pelo maior conjunto de prédios coloniais preservados do continente americano, e a rotina das plantações de tabaco, tradição que contribui para a fama do país.
“As fotografias que fiz lá são um apanhado geral de Cuba. Fotografei Havana como um todo, o modo de vida e essa globalização que está acontecendo”, contou. “Embora seja possível ver fotos da marca de Fidel [Castro] estampada nas paredes e de revolucionários, como Che Guevara, nas ruas, as pessoas não se vestem como eles. Elas se vestem com a bandeira americana. Você vê, inclusive, criancinhas com o símbolo americano ou inglês na roupa”, complementou.
Outro fato que chamou a atenção do fotógrafo foi o paralelo entre a modernidade e o clássico, evidente sobretudo nos automóveis que circulam na capital. De acordo com ele, apesar de a grande maioria dos veículos no país ainda serem antigos, é possível ver pessoas andando com carros novos e completamente equipados com itens de conforto, considerados de primeiro mundo.
“Assim que entrei em Cuba, eu peguei um táxi e achei que pegaria um carro decadente, velho, faltando peça. Achei até que teria até que empurrar o carro para o taxista, mas, pasmem, peguei um carro super novo, cheio de tecnologias, um taxista com smartphone, DVD, ar condicionado, GPS. Pensei: 'não estou em Cuba, estou em qualquer cidade cosmopolita', porque tinha tudo o que não deveria ter lá”.
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