icon search
icon search
home icon Home > cultura
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

CULTURA

Contador de brasilidades

Quadrinista carioca André Diniz participa de noite de autógrafos na gibiteria Comic House, em Tambaú.

Publicado em 24/11/2012 às 6:00


Dono de um traço extremamente estilizado e ao mesmo tempo personalizado como uma impressão digital, o quadrinista carioca André Diniz rabiscará suas obras neste sábado, em noite de autógrafos na gibiteria Comic House, localizada no bairro de Tambaú, em João Pessoa.

'Obras' porque Diniz atualmente é o quadrinista mais prolífero do país. Em pouco mais de três anos, lançou no mercado álbuns como O Quilombo Orum Aiê, Morro da Favela, A Cachoeira de Paulo Afonso, Ato 5 e Mwindo. A qualidade – tanto gráfica quanto textual – não decai perante a quantidade produzida pelo roteirista e desenhista.

"Sou inquieto. Faço sempre mais de um projeto ao mesmo tempo", afirma o autor ao JORNAL DA PARAÍBA, que revela sofrer de uma tendinite devido ao esforço criativo. "Quando estou trabalhando em cima de uma HQ, esboço a ideia de outra, tomo notas e continuo".

Entre seus trabalhos, um dos mais recentes é O Negrinho do Pastoreio (Ygarapé), adaptação que conta com a colorização de sua esposa, Marcela Mannheimer, e nasceu de forma curiosa e às avessas do convencional. "Geralmente a gente faz as coisas que gosta, mas eu peguei a lenda porque não gostei dela", confessa. "Aos olhos de hoje acho muito preconceituoso, relativizando as coisas da época. Ele não tinha nome, era submisso e sempre apanhava e apanhava".

Assim como outros de seus protagonistas em outras releituras ou criações, o personagem principal de O Negrinho do Pastoreio despe as vestes de 'coitado' e calça personalidade e iniciativa. "Com um protagonista ativo, conduzir a história é mais interessante", reflete. "É um exercício. Indo para outro caminho, a história ganha personalidade".

'O IDIOTA' CALADO
Tão personalizado quanto o traço estilizado do conterrâneo Flavio Colin (1930-2002), a arte de André Diniz está começando a ganhar o mundo, invadindo o Velho Continente.

O álbum Morro da Favela foi lançado em junho deste ano na França e na Inglaterra. A HQ relata a história da 1ª favela brasileira, nascida em 1897, no Rio de Janeiro, pela perspectiva do renomado fotógrafo (e morador) Maurício Hora.

De acordo com o quadrinista, essa foi uma oportunidade de realizar o sonho de conhecer a Europa e estreitar contatos com artistas e editoras.

O projeto que está tomando seu tempo atualmente é grandioso: adaptar para os quadrinhos, sem o uso do texto, O Idiota, clássico da literatura mundial de Dostoiévski (1821-1881). “Eu fiquei apaixonado, mas não é uma adaptação convencional", alerta. "O livro é muito verborrágico, mas decidi fazer o caminho oposto".

Com previsão de ter 300 páginas (das quais já fez 80), André Diniz contorna a releitura com o desafio de ser independente, não tendo a 'muleta' da obra original, e, ao mesmo tempo, não substituir o livro.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp