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CULTURA

Dado Villa-Lobos relata a aventura de ter uma banda com Renato Russo

Músico estuda o lançamento de material inédito do Legião Urbana, em comemoração aos 30 anos do primeiro disco

Publicado em 07/06/2015 às 8:00 | Atualizado em 08/02/2024 às 16:55

Muito provavelmente, a Legião Urbana é a banda de rock nacional mais dissecada em livros, ensaios e filmes. Há duas boas biografias escritas sobre seu vocalista, Renato Russo, cantor e compositor que viveu como um poeta trágico e morreu precocemente, aos 36 anos de idade, integrando aquela famosa galeria da qual fazem parte Jim Morrison e Kurt Cobain.

Sobre Renato, muito já se falou. Agora é chegada a hora de um integrante da Legião Urbana quebrar o silêncio e trazer sua visão particular, interna, sobre o grupo que fez história entre 1982 e 1996 e até hoje embala uma nação de jovens e adultos ao som de ‘Ainda é cedo’, ‘Quase sem querer’, ‘Faroeste caboclo’ e ‘Pais e filhos’.

Memórias de um Legionário (Mauad, R$ 49,90) é, como o título entrega, um livro de memórias. “São, realmente, memórias até aonde minha memória alcançou”, confirma Dado Villa-Lobos em entrevista ao JORNAL DA PARAÍBA, por telefone. “Tentei jogar um pouco de luz e de mostrar como funciona uma banda de rock nesse patamar de popularidade”.

Escrito a seis mãos – o músico divide os créditos com dois amigos, ambos historiadores, Felipe Demier e Romulo Mattos -, o livro partiu da seguinte sistemática: entre o comecinho de 2013 e meados de 2014, Dado narrava suas memórias em depoimentos gravados que eram transcritos na sequência. O texto preserva a voz em primeira pessoa, narrando a aventura que era ter uma banda com Renato Russo.

“Eu tinha o meu segurança particular, assim como o Renato e o (Marcelo) Bonfá (baterista). (...) O meu era o Celsão, o do Renato era o Carlão e o do Bonfá, Tonhão. Naquele clima de piscina e passeios, o Celsão estava todo bronzeado. O Carlão, por sua vez, estava verde, cheio de olheiras, porque tinha que passar a noite acordado resolvendo os problemas do Renato. Tinha que buscar um Cointreau ali, um rapaz acolá; precisava aguentar o pique, porque o Renato não desligava nunca”, escreveu.
A única menção a João Pessoa é breve. Sobre o único e memorável show que a Legião fez na cidade, em 5 de setembro de 1992, no Espaço Cultural José Lins do Rego, Dado anota que ele e Bonfá passaram o dia na praia. E só.

Porém, ao rever recentemente imagens daquela apresentação, a pedido do programa Fantástico, a memória trouxe um bocadinho mais de lembranças, sobretudo no momento em que Renato anuncia que vai cantar o “hino nacional brasileiro”, e puxa ‘Carinhoso’, de Pixinguinha, lendo a letra em um pedaço de papel. “A gente não sabia (que Renato iria cantar ‘Carinhoso’). Foi na base do improviso mesmo e foi lindo”, comenta o guitarrista.

Há muito da vida com o Legião e pouco da vida pessoal de Dado - sobretudo a carreira que seguiu depois da dissolução do grupo, em 1996, a criação do selo Rock It e de outros projetos. “Eu passo por alto, né?”, comenta, reafirmando que a proposta era se concentrar nas memórias do legionário. “De fato, vai até um pouco depois da morte do Renato. No último capitulo, eu resumo o que eu faço hoje em dia”

REVIRANDO O BAÚ

O livro estava no prelo quando, em 27 de março (dia do aniversário de Renato Russo) deste ano, saiu a decisão judicial que liberava o uso do nome Legião Urbana aos integrantes remanescentes da banda, ou seja Dado e Marcelo Bonfá. Por isso, ela não consta na autobiografia.

“O imbróglio continua, mas agora a gente, pelo menos, pode subir no palco em uma homenagem ao Legião Urbana”, comenta o guitarrista, citando como exemplo o tributo da MTV que reuniu os legionários com Wagner Moura, em 2012, mas a emissora foi impedida de utilizar o nome do grupo.

A decisão da justiça trouxe outro benefício aos fãs: com a liberação, Dado se mostra disposto para tirar a poeira dos arquivos e lançar material nunca visto pelo público. “Com essa ‘emancipação’, eu consigo me entusiasmar para trabalhar nesse material, afinal (antes) não iria trabalhar para os outros”, alfineta.

Agora já passa pela cabeça do guitarrista lançar uma edição comemorativa dos 30 anos do disco de estreia da banda, Legião Urbana (1985), recheado com demos e outros quitutes. “A indústria fonográfica está num momento complicado, então isso tem que ser visto como muita calma e muito carinho”, pondera.

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Jornal da Paraíba

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