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CULTURA

Dançando no ritmo do 'Rei'

Com oito bailarinos em cena, a Focus Cia. de Teatro abre a 38ª edição do FICG com o espetáculo 'As Canções que Você Dançou pra Mim'.

Publicado em 23/07/2013 às 6:00 | Atualizado em 14/04/2023 às 14:35

A dança é a principal atração de abertura da 38ª edição do Festival de Inverno de Campina Grande (FICG).

Nesta terça-feira, às 21h, no Teatro Municipal Severino Cabral, a carioca Focus Cia. de Teatro apresenta o espetáculo intitulado As Canções que Você Dançou pra Mim. São oito bailarinos em cena ao som de um pot-pourri com 72 canções de Roberto Carlos.

“A ideia surgiu a partir da trilha que fiz de brincadeira com as palavras quando o grupo cantava as músicas do ‘Rei’ no ônibus durante as viagens”, recorda ao JORNAL DA PARAÍBA o diretor e coreógrafo Alex Neoral. “Uma palavra vai puxando a outra, complementando como uma grande história”.

Na medida em que Neoral foi percebendo as ligações em comum, ele costurou na sua coreografia os sucessos do cantor e compositor como ‘Detalhes’, ‘Outra vez’, ‘Desabafo’, ‘Cama e mesa’, ‘O calhambeque’, ‘Amada amante’, ‘Splish splash’, ‘Fera ferida’, ‘Namoradinha de um amigo meu’, entre outros hits que vão desde a época da Jovem Guarda até os anos 1990.

“Um dos meus receios é mexer com a memória afetiva do público. Estamos mexendo com um patrimônio brasileiro”, confessa o coreógrafo. “É um desafio para fazer com que o público veja a música em cima dos movimentos. Não é uma história pré-determinada, mas ela fica na interpretação de cada um”.

Dentre os momentos de As Canções que Você Dançou pra Mim, o diretor destaca situações românticas onde os bailarinos dançam se beijando ininterruptamente. “Quem nunca quis beijar durante dias uma pessoa?”. Em outro momento – mostrando a interatividade do espetáculo –, os artistas procuram senhoras para oferecer os carinhos ao som de ‘Lady Laura’. “Meus trabalhos têm essa característica de identificação com o público. Usamos a aliteridade de forma inteligente”.

Segundo Neoral, o espetáculo, que estreou em novembro de 2011, está completando mais de 120 apresentações. “É um número bastante significativo para a dança contemporânea brasileira, que está em processo de formação de plateia”, analisa. “A comunicação direta com o público modifica o pensamento de alguma forma. Essa é a função da arte”.

OUTROS MOVIMENTOS

Antes de As Canções que Você Dançou pra Mim, a partir das 10h, o FICG terá uma intervenção urbana com bailarinos no centro da cidade.

Com objetivo de convidar o público para o evento, a Chegança tem direção e coreografia de Myrna Agra Maracajá. “Vamos diminuir a distância da arte para com o público, onde a interação dos bailarinos simbolizará isto”, afirma Myrna.

A concentração dos bailarinos acontecerá na Praça da Bandeira e passará pelo Terminal de Integração, Calçadão Cardoso Vieira e terminará em frente ao teatro municipal, onde o festival comemora o ciquentenário do espaço.

A partir das 19h30, acontecerá dentro da programação a 2ª edição da Mostra Nacional de Video-Dança, no hall de entrada do Severino Cabral.

Além da Paraíba, serão apresentadas produções de diversos estados brasileiros como Minas Gerais, Bahia, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Pernambuco. As exibições acontecerão até o dia 26, sempre meia hora antes dos espetáculos de dança.

O 38º Festival de Inverno de Campina Grande acontecerá até o dia 31. Para conferir a programação completa, basta acessar a página oficial do evento na internet (www.festivaldeinvernocg2013.com).

ERUDIÇÃO PELAS RUAS DE CG

O grupo mineiro Galpão apresentará hoje, na Praça da Bandeira, às 16h, a montagem Os Gigantes da Montanha, baseada em um texto do italiano Luigi Pirandello (1867-1936).

O espetáculo, que faz parte da programação do 38º FICG, narra a chegada de uma companhia teatral decadente a uma vila isolada e mágica, povoada por fantasmas e governada pelo Mago Cotrone.

A trupe mambembe se encontra na miséria por conta da obsessão de sua primeira atriz, a condessa Ilse, em montar A Fábula do Filho Trocado, peça escrita por um jovem poeta que se matou pelo amor não correspondido da condessa.

Cotrone, criador de ‘verdades que a consciência rejeita’, começa a construir os fantasmas dos personagens que faltam para montar a peça. Ele convida os atores a permanecerem para sempre na vila, representando apenas para si mesmos A Fábula do Filho Trocado. Ilse, no entanto, insiste que a obra deva viver sendo representada para o público.

Invocando a alegoria sobre o valor do teatro e sua capacidade de comunicação com o mundo moderno, o texto foi uma escolha do diretor Gabriel Villela para celebrar o reencontro com o Galpão, que dirigiu o clássico shakespeareano Romeu e Julieta nos anos 1990. (AJ)

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Jornal da Paraíba

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