Demús da UFPB recebe harpas

Foi executando uma peça de Debussy que a harpista carioca Vanja Ferreira inaugurou ontem, em concerto na companhia da Orquestra Sinfônica da Paraíba (OSPB), em João Pessoa, uma das duas harpas que a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) acaba de receber por intermédio do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni).

As harpas, uma acústica e outra eletroacústica, vieram diretamente de Chicago (EUA), onde são fabricadas, e foram remetidas ao Departamento de Música da UFPB para a criação da primeira habilitação em prática interpretativa de harpa entre os cursos de bacharelado em música das instituições federais de ensino superior do Nordeste.

Segundo Mônica Cury, professora e coordenadora do curso de bacharelado em música da UFPB, as vagas para a habilitação serão abertas e preenchidas a partir do Processo Seletivo Seriado (PSS) do próximo ano.

A harpa eletroacústica, que se encontra ainda em seu gabinete e ainda não teve sua estreia oficial nos palcos, é um item raro, e só há notícia de duas delas existentes no Brasil: a que a UFPB acaba de adquirir e a que se encontra em posse da harpista profissional Cristina Braga.

“O diferencial é que o som da harpa eletroacústica pode ser amplificado por contar com captadores em cada corda do instrumento”, explica Cury. “Isso representa um avanço em nossas pesquisas, já que podemos trabalhar com a edição do som em computadores, o que será muito positivo também para o nosso Laboratório de Composição Musical”, conclui, se referindo ao Compomus, coordenado pelo pianista Marcílio Onofre.

A criação da habilitação em harpa no bacharelado em música da UFPB completa o rol de instrumentos visados por uma das três modalidades do curso de música da graduação, que conta ainda com a licenciatura e uma modalidade sequencial voltada para bandas, fanfarras e grupos populares.