CULTURA
Diário do cárcere
Começa por Campina Grande a circulação do grupo Ateliê Voador pela Paraíba. Escalados para a 1ª edição da mostra Teatro a Gosto.
Publicado em 14/08/2014 às 6:00
Começa por Campina Grande a circulação do grupo Ateliê Voador pela Paraíba. Escalados para a 1ª edição da mostra Teatro a Gosto, em João Pessoa, os baianos contemplados com o Prêmio Myriam Muniz da Funarte, no ano passado, dão uma paradinha na Rainha da Borborema para a estreia Diário de Genet no Teatro Municipal Severino Cabral, hoje.
A única apresentação é às 20h, e a entrada é gratuita. Segundo o ator Duda Woyda (que ministrou uma oficina teatral na cidade, ontem), a procura pelo espetáculo foi tanta que a montagem foi transferida de última hora do Mini Teatro Paulo Pontes ao palco principal.
Diário de Genet é a parte final de uma trilogia sobre o cárcere composta também pelas peças O Melhor do Homem (2010) e Salmo 91 (2011). "Começamos investigando os saberes subalternos e marginais, o que nos levou ao cárcere e, depois, a pensar no presídio não como algo concreto, mas como uma construção cultural", diz Woyda, que contracena com Rafael Medrado na encenação baseada em memórias do dramaturgo Jean Genet (1910-1986), que chegou a ser condenado à prisão perpétua por crime de morte.
De acordo com o ator, o espetáculo levanta questões como o preconceito social, racial e sexual, na medida em que trata de "encarcerados" culturais como negros, mulheres, homossexuais, transsexuais, entre outras minorias.
O grupo chega à capital na sexta-feira para a abertura da mostra Teatro a Gosto no Centro Cultural Piollin. A oficina que Woyda ministra é no sábado e as inscrições podem ser feitas pelo e-mail [email protected].
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