CULTURA
Direito de Amar, Zumbilândia e doc sobre Chacrinha estreiam nos cinemas
Filme indicado ao Oscar, terror com comédia e documentário 'Alô, Alô, Terezinha' são os destaques da programação dos cinemas em João Pessoa.
Publicado em 05/03/2010 às 13:09
Renato Félix
Do Jornal da Paraíba
Jeff Bridges é o franco favorito para ganhar o Oscar no próximo domingo, mas que ninguém se espante se o vencedor foi Colin Firth. Muita gente acha que o ator britânico teve a melhor atuação do ano, por Direito de Amar (A Single Man, Estados Unidos, 2009, estreia nesta sexta-feira, 5, em JP). A Academia Britânica, por exemplo, preferiu Firth.
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No filme, ele é um professor inglês na Los Angeles dos anos sessenta, que está no limite do sofrimento: seu companheiro de 16 anos está morto. A história mostra este personagem, George Falconer, através de um dia em que ele procurar organizar coisas e resolver assuntos pendentes, porque pretende cometer suicídio no fim do dia.
Nessa trajetória, ele encontra diversas pessoas que testemunham sua profunda tristeza - inclusive Charley, sua melhor amiga, que o deseja mesmo sabendo da orientação sexual de George.
O filme é dirigido pelo estilista americano Tom Ford, estreando na função com um desempenho surpreendente - e financiando ele mesmo a produção. O filme - que ganhou um péssimo título no Brasil - é baseado no romance de Christopher Isherwood, já publicado no Brasil com a tradução do título original: Um Homem Só.
Firth, ator já bem conhecido por filmes leves como O Diário de Bridget Jones (2001), Simplesmente Amor (2003) e Mamma Mia - O Filme (2008), conseguiu sua primeira indicação ao Oscar por Direito de Amar. Além do Bafta, ele ganhou vários outros prêmios: foi o melhor ator de 2009 para as associações de críticos de Washington, San Francisco, Austin, San Diego e Vancouver e nos festivais de Veneza e Santa Barbara.
Christopher Isherwood, autor do livro original, também é britânico. Mas emigrou para os Estados Unidos e se naturalizou em 1946. Seus livros remetem bastante a Berlim, onde morou antes da II Guerra por causa da relativa liberdade sexual da cidade no período. Dessa leva, saiu o conto Adeus, Berlim, depois adaptado para o teatro (como I Am a Camera) e para o musical Cabaret, que gerou o filme.
Bom humor em um mundo dominado por zumbis
Filmes de zumbi: ame-os ou odeie-os. Geralmente é assim, e poucos filmes nesse subgênero escapam dessa separação. Mas parece que Zumbilândia (Zumbiland, Estados Unidos, 2009, estreia hoje, em JP) conseguiu.
O filme vem sendo citado como um filme de zumbi em que os personagens são realmente importantes para a história e não apenas corpos em sacrifício - mesmo que o filme pose de metáfora social (poucos convencem nessa seara). O bom elenco certamento ajuda: Woody Harrelson e Abigail Breslin (de Pequena Miss Sunshine, 2006) à frente.
Com muito humor negro, o filme se passa em uma situação onde restam poucos seres humanos após o ataque de zumbis. Um dos sobreviventes, que aparece no decorrer do filme em participação especial, é o ator Bill Murray. O diretor Ruben Flischer é um estreante e os roteiristas são Rhett Reese (de Monstros S.A.!) e Paul Wernick (em seu primeiro longa).
Alô, Alô, Terezinha!
Da assessoria da Funesc
“Alô, Alô, Terezinha!” é o premiado – e inédito - documentário sobre a vida de Abelardo Barbosa, popularmente conhecido como Chacrinha, o Velho Guerreiro, que poderá ser conferido em João Pessoa neste fim de semana. O longa-metragem fica em cartaz nessa sexta, sábado e domingo, no cine-teatro Bangüê, no Espaço Cultural, com sessões às 18h30 e 20h30 e ingressos a R$ 6 (inteira) e R$ 3 (estudante).
O documentário aborda a trajetória de Abelardo Barbosa sem ser biográfico, mantendo seu foco no programa que veio para confundir, e não para explicar. Através de uma ampla pesquisa feita sobre o comunicador e da recuperação digital de seu legado, o longa-metragem aborda desde a influência da tradição nordestina do Pastoril no programas do Chacrinha ao anárquico apresentador, jogando bacalhau no auditório, buzinando para os calouros ou premiando-os com o Troféu Abacaxi.
Filme de Lúcia Murat, no Sesc, mostra o Pantanal
Renato Félix, do Jornal da Paraíba
A mostra Cinco Vezes Lúcia Murat continua hoje com o penúltimo filme da programação dedicada à cineasta brasileira, no Sesc de João Pessoa (rua Desembargador Souto Maior, 291, Centro, João Pessoa – tel.: 3208.3158/ 3208.3160). O filme é Brava Gente Brasileira (2000), com exibição ao meio-dia e às 19 horas.
O filme se passa em 1778, no Pantanal, onde um cartógrafo enviado por Portugal deve fazer um levantamento topográfico da região. Acompanhado por soldados, ele é obrigado por eles a participar do estupro coletivo de algumas índias. É o cartão de visitas do novo mundo onde passa a fazer parte.
A mostra termina segunda, com a exibição do musical jovem (inspirado em Romeu & Julieta) Maré - Nossa História de Amor, nos mesmos horários.
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