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CULTURA

Do Bope ao tráfico: Wagner Moura encarna Pablo Escobar em nova série

Série estreia nesta sexta-feira  no Netflix. José Padilha, diretor de Tropa de Elite, é o produtor executivo de Narcos.

Publicado em 28/08/2015 às 8:00

Nos anos 1980, era impossível não associar os nomes do colombiano Pablo Escobar (1949-1993) e o Cartel de Medellín ao tráfico de drogas e a violência na América Latina.

Conhecido como o implacável capitão Nascimento dos dois filmes Tropa de Elite, Wagner Moura agora está do outro lado como um dos maiores chefões do tráfico internacional na época que não pedia pra sair: estreia mundialmente nesta sexta-feira, no Netflix, a primeira temporada de Narcos. Todos os dez episódios estarão disponíveis para os assinantes do canal de TV online, inclusive no Brasil. Falando em Tropa de Elite, o diretor brasileiro José Padilha é o produtor executivo junto com Eric Newman (produtor de Filhos da Esperança e do Robocop de Padilha). Narcos é produzida pela Gaumont Television para a Netflix.

A série conta os esforços dos Estados Unidos e da Colômbia para enfrentar o cartel de Scobar durante as guerras do tráfico estimuladas pela cocaína nos anos 1980.

O HOMEM DO ANO Para quem não sabe, Pablo Scobar teve uma ascensão meteórica devido ao 'ouro branco'. Chegou até a estar na lista dos homens mais ricos da prestigiada Forbes, em 1987. Até os dias de hoje, Escobar é considerado o traficante mais rico de toda a história – com o montante de US$ 3 bilhões no bolso, aproximadamente 80% do mercado mundial de cocaína. Em Narcos, a visão é colocada pelo lado da lei, personificada pelo agente Steve Murphy (vivido pelo ator Boyd Holbrook, de Garota Exemplar), da Drug Enforcement Administration (DEA) – força norte-americana responsável pelo combate às drogas. Padilha – que já declarou não ter mais a menor vontade de voltar ao Brasil devido à violência e outras questões – dirige apenas os dois primeiros episódios. O brasileiro Fernando Coimbra (conhecido por dirigir O Lobo Atrás da Porta), o mexicano Guilhermo Navarro (diretor de fotografia de O Labirinto do Fauno) e o colombiano Andi Baiz (de O Quarto Secreto) alternam na direção de Narcos. Cada vez mais se consolidando no mercado audiovisual, o Netflix também investe em material exclusivo, a exemplo de séries de sucesso como House of Cards, Orange is the New Black e Demolidor. No próximo ano, será a vez da série brasileira: a distópica 3%.
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Jornal da Paraíba

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