Do jazz ao pop

Depois de aclamados discos de envergadura jazzística – incluindo um tributo ao mestre Burt Bacharach, de onde a novela Viver a Vida extraiu ‘What the world needs now is love’) -, a cantora holandesa Trijntje Oosterhuis (rebatizada de Traincha, para facilitar) abraça o pop em seu sétimo disco.

Com produção da colega e conterrânea (e desconhecida) Anouk Teeuwe, Traincha se lança no universo de Adele e Joss Stone através do CD Wrecks We Adore (EMI, R$ 34,90), disco que traz 10 temas inéditos, compostos por Anouk e parceiros.

Tem de tudo em Wrecks...: baladas oitentistas (‘Knocked out’), baladas lacrimosas (‘What about my heart) e funk-soul, (‘Hapiness’). São canções que valorizam o vozeirão de Traincha dentro da lógica capital de sintetizadores, cordas e muita dor-de-cotovelo, tudo calculadamente pensado para agradar o ouvinte médio.

As composições não têm muita força e escorregam feio nos clichês do gênero, como no hit ‘Better think twice’ ou na insuportável ‘You own my heart’. Mas é um disco ruim de uma cantora muito boa.