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CULTURA

Documentário não está à altura do grande artista que Cauby foi

"Começaria Tudo Outra Vez" conta a história do artista com bom material de arquivo e acompanha um jovem fã de apenas 15 anos.   

Publicado em 31/05/2016 às 15:00

Inédito nos cinemas de João Pessoa, o documentário “Cauby – Começaria Tudo Outra Vez”, de Nelson Hoineff, foi exibido pelo Canal Brasil antes da morte do artista e agora está disponível no Netflix.

O filme tem duas histórias contadas em paralelo. Uma, a do próprio Cauby. Sua trajetória, sua intimidade, seus shows, o culto das fãs que o acompanham há décadas. A outra, de um rapaz pobre de 15 anos que idolatra o artista e se prepara para vê-lo ao vivo e encontrá-lo no camarim. Na reta final do documentário, as duas histórias se encontram.

O filme tem bom material de arquivo. Entrevistas, números musicais antigos e cenas de filmes que se somam aos depoimentos gravados pelo diretor. Em “Jamboree”, vemos Cauby atuando no cinema americano na época em que tentou carreira internacional. Em “Minha Sogra É da Polícia”, canta rock acompanhado por uma banda na qual aparecem os jovens Roberto e Erasmo Carlos, além de outro Carlos, o Imperial.

As falas e os shows de Cauby gravados para o filme têm uma grande limitação: ocorreram quando o artista já não tinha mais o vigor que marcou sua carreira. Estava cansado e doente, embora continuasse cantando muito bem. A sua opinião sobre Di Veras, o empresário que o tornou famoso, é mostrada em dois momentos – numa declaração antiga e numa fala recente. Na primeira, ele reconhece que, se não fosse Di Veras, não teria sido quem era. Na segunda, admite que, sem Di Veras, teria se transformado num homem rico.

A história do garoto que idolatra Cauby é atraente. Tem algo de surpreendente porque não é fácil supor que, atualmente, um adolescente de 15 anos vá se apaixonar pela música de Cauby Peixoto. Mas o clímax é frustrante. Quando se vê diante do ídolo, o fã se emociona, chora, declara seu amor, mas não parece correspondido. O artista já está distante do mundo.

As duas coisas – a constatação de que poderia ter se transformado num homem rico e a pouca atenção que parece dar ao garoto – se misturam para conferir uma certa melancolia ao documentário. No fundo, comentam o ocaso de um mito. Claro que “Cauby – Começaria Tudo Outra Vez” não é um mau filme, mas, definitivamente, não está à altura do artista extraordinário que perdemos há pouco.

Imagem

Jornal da Paraíba

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