icon search
icon search
home icon Home > cultura
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

CULTURA

Documentários mostram um lado obscuro lado de Nina Simone

Disponível no Brasil, documentário 'What Happened, Miss Simone?' explora o lado controverso da famosa cantora.

Publicado em 30/06/2015 às 6:00 | Atualizado em 07/02/2024 às 15:11

Doze anos depois de sua morte, Nina Simone (1933-2003) volta a ser assunto. Dois documentários lançam os holofotes sobre a extraordinária cantora de jazz, um deles já disponível no Brasil através do Netflix: What Happened, Miss Simone? (idem, EUA, 2015).

Para o segundo semestre, é prometido The Amazing Nina Simone, dirigido por Jeff Lieberman, e, ainda sem data, o drama Nina, de Cynthia Mort, com a atriz Zoë Saldaña (Avatar, Os Guardiões da Galáxia) para viver a cantora.

What Happened, Miss Simone? (algo como: “O que houve, sra. Simone?”) envereda mais pelo temperamento difícil de Nina Simone do que pela brilhante carreira que ela teve.

Sustentado por material inédito, incluindo cartas e o devastador diário pessoal da cantora, tudo fornecido pela única filha, Lisa Simone Kelly, o filme traz depoimentos reveladores de pessoas que conviveram muito de perto com Nina Simone, como o ex-marido e empresário Andrew Stroud e o guitarrista Al Schackman.

A artista poderia sair do palco num rompante. Para Lisa, o difícil era quando ela saía do palco, mas não saía de Nina Simone. “As pessoas pensam que ela subia no palco e se transformava em Nina Simone. Minha mãe era Nina Simone o tempo todo e foi aí que isso virou um problema”, diz, em um trecho do filme.

Criança prodígio que aspirava ser a primeira pianista negra de concertos dos EUA, Eunice Waymon viu seus planos mudarem quando foi recusada em uma prestigiada escola de música da Filadélfia.

Isso a levou a se apresentar em bares para sustentar a família e os estudos – foi quando adotou o nome artístico Nina Simone – e fez florescer a cantora e compositora, mas também a militante por igualdade racial.

Nina Simone pagou um preço caro por essa luta. Seu engajamento – que incluiu não só discursos inflamáveis que incitavam o público a "esmagar as coisas brancas" e "queimar prédios", como obras-primas como ‘Mississippi, goddam’ e ‘Ain't got no/I got life’ – a afastou do showbusiness e a levou a um isolamento na África.
De lá, tentou retomar a carreira na Suíça, acertando uma desastrosa participação no célebre festival de Montreux, em 1976, e, por fim, se estabeleceu na França, onde se apresentava em bares por alguns trocados.

Foi resgatada da miséria por um velho amigo, que passou a produzir seus shows e recolocá-la em cima dos grandes palcos. Mas antes, ela foi levada para uma consulta médica na Holanda, onde Nina Simone foi diagnosticada bipolar, em meados dos anos 1980. Com medicamentos, voltou a excursionar pelo mundo todo e assim se sustentou até morrer, em 2003, de câncer.

Na esteira de What Happened, Miss Simone?, chega às lojas no próximo mês o álbum Nina Revisited, com releituras de alguns dos sucessos da cantora na voz da nova geração: Mary J. Blige, Lauryn Hill, Usher e Common, entre outros.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp