CULTURA
Dona Flor e Seus Dois Maridos faz duas apresentações em JP
Peça inspirada na obra do escritor baiano Jorge Amado tem apresentações nesta terça (13) e quarta-feira (14), no Teatro Paulo Pontes, em João Pessoa.
Publicado em 13/10/2009 às 8:22
Astier Basílio
Do Jornal da Paraíba
Em outubro do ano passado, o espetáculo Dona Flor e Seus Dois Maridos, adaptação do diretor Pedro Vasconcelos de um clássico de Jorge Amado, fez sessão única em João Pessoa. Foi numa terça-feira. Nem por isso, o público deixou de comparecer ao Teatro Paulo Pontes para ver rostos conhecidos como os de Marcelo Faria, no papel do malandro boa praça Vadinho e a bela Carol Castro, interpretando Dona Flor.
Parece que a produção gostou do público paraibano. Exatamente um ano depois, a peça retorna à Paraíba. Desta vez, haverá duas apresentações, uma nesta terça-feira (13) e outra na quarta-feira (14), sempre às 21h. A novidade, desta vez, é que no lugar da Carol Castro, quem interpretará a mulher dividida entre o amor fogoso de um marido malandro e morto com a segurança de um marido tranquilo, mas entediante, será outra bela atriz, Fernanda Paes Leme.
Para as apresentações de hoje e de amanhã o Clube do Assinante do JORNAL DA PARAÍBA fará uma promoção toda especial. Os ingressos, que são vendidos ao preço de R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia), para os assinantes do JP, sairão pelo preço da meia. Cada assinante pode comprar até dois ingressos, no dinheiro. A quantidade é limitada. Ainda haverá, nesta terça e quarta-feira, sorteios de ingressos. Para participar, basta o assinante ligar para o Clube no número 2106-1863.
Com cenas de nudez de Marcelo Faria e muito pudor de Carol Castro, a montagem anterior era desequilibrada neste aspecto. O personagem que dá nome ao espetáculo é Dona Flor, mas o protagonismo todo acabava indo para Vadinho.
Com a substituição de Carol Castro, que tentava uma interpretação por uma chave mais tímida, promete-se, agora, com Fernanda Paes Leme, que a personagem, realmente, seja central e ganhe mais sensualidade.
O diretor Pedro Vasconcelos explica que a adaptação foi fiel ao livro de Jorge Amado, de onde foram tirados os principais momentos do espetáculo. Os atores tiveram aula de dança, prosódia, culinária, preparação psicológica, expressão corporal, canto e voz, cultura baiana, entre outras.
Mesmo com essa preparação toda, o que se vê em cena são os mesmos velhos estereótipos sobre a cultura nordestina, o mesmo sotaque macaqueado, típico das produções televisivas que têm como objetivo folclorizar o Nordeste numa montagem repleta de lugares-comuns.
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