CULTURA
Dos clássicos ao escrachado
The Best Of Brega apresenta panoramas diferentes do adjetivo que se tornou gênero musical.
Publicado em 20/08/2014 às 6:00
Lançadas individualmente, as duas coletâneas do projeto The Best Of Brega apresentam panoramas diferentes do adjetivo que se tornou gênero musical. No Volume 1 há os grandes clássicos de gogós afinados, como os de Evaldo Braga e Ismael Carlos. Já o Volume 2 tem cara de versão trash da Festa Ploc (balada retrô com hits dos anos 80). Os CDs, cada um com 16 faixas, saem pela Universal Music ao preço médio de R$ 18,00, cada.
Os projetos têm repertórios selecionados pelo tarimbado Rodrigo Faour, que ainda comenta faixa a faixa nos textos que acompanham os respectivos encartes.
O primeiro ele extraiu dos acervos da Polydor e Polyfar, selos mais populares da antiga Phillips (hoje com a Universal Music). São canções dos anos 1970, como ‘Sorria, sorria’ e ‘Eu não sou lixo’, ambas na voz de Evaldo Braga e ‘Uma vida só (Pare de tomar a pílula)’.
Entre canções de Ronnie Von (‘Colher de chá’), Raul Seixas (‘Tu és o MDC da minha vida’) e Rita Lee (‘Prisioneira do amor’), completamente compatíveis com o tema, o Volume 1 emplaca o hit ‘Mulher’, do paraibano Maurício Reis. “Maurício Reis estreou em 1973 na Polyfar e gravou, com sua voz potente, dores de corno pungentes”, anotou Faour no encarte.
O Volume 2 é mais escachado. Pinçando canções que vão do final da década de 1970 ao final dos anos 1980, o CD enfileira ‘O melô da pipa’, como ficou conhecida a música ‘Tá com medo, tabaréu’, do grupo Superbacana, ‘Onde bate fica’, de Wando, ‘O que é que ela tem que eu não tenho?’, do Afrodite Se Quiser, ‘Mordida de amor’, do Yahoo, e um raro registro de Roberta Close (‘Sou assim', lançada em 1982).
Comum aos dois discos, Sidney Magal comparece com três dos seus sucessos.
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