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CULTURA

Drama dirigido por Clint Eastwood estreia em João Pessoa nesta quinta-feira

Baseado na autobiografia do soldado estadunidense, a produção mostra sua trajetória como franco-atirador, o drama familiar e a volta para casa.

Publicado em 19/02/2015 às 6:00 | Atualizado em 21/02/2024 às 16:17

O alvo do novo longa-metragem dirigido por Clint Eastwood, que estreia nesta quinta-feira apenas no Cinépolis (Manaíra Shopping), em João Pessoa, é baseado numa história real no cenário de guerra.

O Sniper Americano (American Sniper, EUA, 2014) do título é Chris Kyle, atirador de elite das forças especiais da marinha norte-americana que salvou inúmeras vidas no campo de batalha. Ele alcançou o recorde de mais de 150 mortes confirmadas pelo Pentágono. Seus vários anos de serviço incluem incursões ao Iraque e a outras zonas de combate durante o auge da chamada guerra ao terror.

Por falar em 'guerra ao terror', o gênero vez por outra aparece na lista do Oscar (incluindo a dobradinha A Conquista da Honra e Cartas de Iwo Jima do próprio diretor) e não foi diferente este ano: concorre em seis categorias, incluindo Melhor Filme e Melhor Ator para Bradley Cooper, terceira indicação consecutiva do novo 'queridinho' da Academia de Hollywood (no ano passado foi indicado a coadjuvante por Trapaça e em 2013 teve lugar na categoria principal por O Lado Bom da Vida).

Em uma trincheira que tem oito produções concorrendo à estatueta dourada de Melhor Filme, cuja cerimônia acontecerá no próximo domingo, em Los Angeles (EUA), Sniper Americano é apenas o segundo longa que estreia timidamente nos cinemas paraibanos. Coincidência ou não, o outro também é baseado numa história real ambientado na guerra: O Jogo da Imitação, drama sobre o renomado matemático e um dos 'pais' da computação, Alan Turing (vivido por Benedict Cumberbatch), que corre contra o tempo para decifrar códigos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.

Baseado na autobiografia do soldado estadunidense, a produção mostra sua trajetória como franco-atirador, o drama familiar encabeçado pela esposa (interpretada por Sienna Miller, de Foxcatcher, outro filme inédito na Paraíba e com cinco indicações ao Oscar) e os retornos para casa, momento onde o protagonista descobre que não se deixa completamente a guerra para trás.

Dentre as suas mais difíceis escolhas no Iraque, uma delas é de atirar ou não num garotinho que recebe armamento pesado das mãos de uma mulher.

Na corrida do Oscar, Sniper Americano tem uma via de mão-dupla que pode resultar sair de mãos vazias da cerimônia do próximo domingo. Apesar de ter como sua força motriz para as indicações o patriotismo – transparente nos trailers e sequências oficiais já divulgados – o mesmo também pode ser seu 'calcanhar de Aquiles', já que longas com o tema perdem a sua força desde Guerra ao Terror (2009), de Kathryn Bigelow.

Um reflexo disso é a solene e completa ignorada da Associação de Críticos Estrangeiros de Hollywood no Globo de Ouro deste ano. Isso também não indica que o longa-metragem foi totalmente esnobado pelo público do seu país de origem, batendo vários recordes na trajetória fílmica do próprio Clint Eastwood.

INDICAÇÕES

- Melhor Filme
- Melhor Ator (Bradley Cooper)
- Melhor Roteiro Adaptado
- Melhor Montagem
- Melhor Edição de Som
- Melhor Mixagem de Som

LIVRO É LANÇADO NO BRASIL
'Sniper Americano' (intrínseca, 344 páginas, R$ 39,90). Com o carimbo "o livro que deu origem ao filme", a autobiografia de Chris Kyle chega às livrarias com a capa oficial do longa de Clint Eastwood (com direito a citação do cineasta). Na obra, o atirador de elite estadunidense fala abertamente dos sofrimentos da guerra, da morte brutal de companheiros, e da ação, frieza e precisão que desenvolveu ao longo do serviço de décadas, além da extrema dificuldade da readaptação dos que retornam de um conflito armado. Tudo isso com um adendo fatal: em 2013, Kyle foi assassinado a tiros por um veterano da guerra do Iraque que sofria de estresse pós-traumático.

EASTWOOD, UM VERDADEIRO VETERANO DA SÉTIMA ARTE
"Continuarei trabalhando", prometia Clint Eastwood, no alto dos seus 74 anos, ao receber seu segundo Oscar de Melhor Diretor (o primeiro foi por Os Imperdoáveis), em 2005, por Menina de Ouro. Naquele momento ele se tornou o realizador mais velho a ser agraciado com a estatueta dourada pela Academia.

O veterano ator e diretor ainda brincou em virtude da sua mãe (morta um ano depois) presenciar a vitória do filho: "Ela está aqui comigo esta noite e tem 96 anos. Então, eu lhe agradeço por seus genes. Vocês vão ver, então, que eu ainda sou uma criança. Ainda há muito por fazer".

Perto de comemorar seus 85 anos no final de maio, Eastwood continua honrando a sua promessa com pelo menos um filme por ano. Mas, assim como em 2006, ano que lançou A Conquista da Honra e Cartas de Iwo Jima, no ano passado nos Estados Unidos foi a vez de Sniper Americano e Jersey Boys - Em Busca da Música, este último inédito por aqui.

Com seus altos (a exemplo dos já citados Menina de Ouro e Cartas de Iwo Jima) e baixos (como os regulares A Troca e Além da Vida) na última década, o cineasta que se tornou estrela conhecida pelos 'westerns spagheti' e pela sua Magnum 44 nos Dirty Harry da vida, não deve estar preocupado com a ausência da sua quinta indicação como diretor.

Em janeiro, nos EUA, Sniper Americano se consagrou como a melhor estreia da carreira de Eastwood como diretor, depois de fazer US$ 90,2 milhões no primeiro fim de semana.

Anteriormente, a melhor estreia havia sido Gran Torino (2008), com US$ 29,5 milhões, quantia três vezes menor que o novo recorde.
Dentre as outras marcas superadas em terras norte-americanas, o longa bateu a ficção científica de James Cameron, Avatar (2009), como a melhor estreia de janeiro nos cinemas, e A Paixão de Cristo (2004), de Mel Gibson, como a melhor estreia de um drama no país em todos os tempos.

Sniper alvejou a renda total de O Resgate do Soldado Ryan (US$ 216,5 milhões) e se tornou o filme de guerra com a maior arrecadação da história do cinema. Atualmente na sua 5ª semana, a produção tem renda acumulada de US$ 307,2 milhões.
Nada mau para um senhor de 84 anos que se encontra em plena forma cinematográfica.

Imagem

Jornal da Paraíba

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