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CULTURA

Edilane Araújo completa 1ª maratona da sua vida

Há quase 10 anos, a apresentadora acorda às 5h30 para se dedicar a uma outra paixão: a corrida.

Publicado em 20/10/2013 às 6:00 | Atualizado em 18/04/2023 às 17:19

Os telespectadores que acompanham Edilane Araújo à frente do JPB 2ª Edição pouco inferem de sua personalidade. Porém, os que passam pela orla de João Pessoa nas primeiras horas do dia podem encontrar em atividade esportiva uma pessoa bem diferente daquela figura séria com seu tradicional “boa noite”. Há quase 10 anos, a apresentadora acorda às 5h30 para se dedicar a uma outra paixão: a corrida. Além do sucesso na profissão de jornalista, a apresentadora acumula cerca de trinta medalhas e alguns troféus que expõe orgulhosamente em sua sala de gerente de programação da Cabo Branco FM, cargo que também ocupa na Rede Paraíba de Comunicação.

Tendo participado de importantes competições em todo o país, este ano Edilane encarou o desafio de correr a sua primeira maratona. Sob o sol de Florianópolis, foram 42 km de um teste de resistência física e mental que a apresentadora considera a grande prova de sua vida. “É uma corrida em que você tem idas e vindas de céu e inferno. Há momentos em que você está se sentindo plena, mas passa um tempinho e começa a entrar em uma melancolia profunda”, declarou, relembrando com orgulho a conquista. No decorrer das quatro horas e cinco minutos que levou para completar o percurso, ela conta que foi preciso repetir para si mesma que era capaz de concluir a prova, já que foram quatro meses de preparação que exigiram mudanças de rotina e muita dedicação. Nos dias que antecederam a maratona, a apresentadora tinha que acordar ainda mais cedo, às 4h30, e correr mais de três horas pela orla do Cabo Branco.

O contato com o esporte começou na época em que cursava Economia na antiga Escola Técnica - atual Instituto Federal da Paraíba (IFPB), onde Edilane integrava a seleção paraibana de basquete juvenil e adulto. Com o grupo, chegou a participar de campeonatos locais e nacionais. “Eu era magrela, não tão alta, mas muito veloz. Jogava como armadora e sempre treinava muito o condicionamento físico, corria muito. Depois que comecei a trabalhar, virei uma sedentária”. Nos tempos áureos das FMs na Paraíba, o encanto pela comunicação fez com que a apresentadora deixasse de lado a prática esportiva, dedicando-se apenas ao rádio e posteriormente à então recém-nascida TV Cabo Branco.

Questões de saúde levaram a apresentadora a procurar uma academia em 2004, mas a monotonia das esteiras fez com que ela preferisse as ruas. Na orla do Cabo Branco, Edilane não corre sozinha. “Sinto-me estimulada porque eu tenho um grupo para correr. Sei que eu vou me levantar na chuva e o grupo estará lá, esperando por mim”. Um dos maiores desafios na maratona de Florianópolis foi justamente o fato de ter que enfrentar os últimos quilômetros sozinha. “Meu parceiro de prova não estava bem psicologicamente e quis parar. Consegui arrastá-lo até o quilômetro 36 e a partir daí fui sozinha até o ponto de chegada”. Ela conta que enquanto corria acompanhada, o fato de ter uma pessoa conhecida ao seu lado lhe dava força.

Segundo a apresentadora, poder sentir que conseguiu cumprir a meta que propôs para si é uma das maiores recompensas de cumprir a prova até o fim. “É uma coisa inexplicável, só passando para você entender. É uma experiência para mexer com a cabeça de qualquer um. Agora ninguém me segura. O corpo bem tentou me fazer parar, mas eu consegui me livrar disso administrando minha mente”, conta Edilane, sem conseguir esconder o entusiasmo.

NOVO DESAFIO EM JOÃO PESSOA

Depois de um período de descanso, ela agora se prepara para enfrentar os 21km da Meia Maratona Cabo Branco, que acontecerá no dia 30 de novembro. Para isso, ela retorna agora à sua rotina de treinos em busca de repetir o resultado alcançado na edição passada, com o nome de Jampa Verão.

“Quero voltar a me preparar nos trotes, tiros e ladeiras para conseguir concluir a prova em menos de 1h50”.

A apresentadora tem planos de disputar também competições internacionais, participando de uma maratona por ano. Sobre o futuro, ela afirma ainda que quer ser maratonista até quando o seu corpo mostrar que não aguenta mais. “Em Floripa, eu conheci dona Regina, uma senhora de 76 anos que estava participando da sua septuagésima maratona. Ela estava lá toda durinha, tranquila, com setenta corridas disputadas. Eu adoro correr e quero ficar velhinha fazendo isso”. A apresentadora diz com bom humor que traçou a meta de correr um dia na faixa etária de oitenta a noventa anos. “A categoria de noventa a cem anos já seria exagero”, declara aos risos.

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Jornal da Paraíba

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