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CULTURA

Especialistas afirmam que calvície pode ser amenizada

Problema atinge cerca de 50% dos homens, segundo dermatologista.

Publicado em 10/06/2012 às 8:00

Se tem uma coisa que tira o sono dos homens (e de muitas mulheres, também) são os cabelos, ou melhor, a falta deles.

Quem luta contra a calvície admite que é difícil se olhar no espelho e observar aquelas malditas 'entradinhas' nas laterais da cabeleira. Se você se identificou com essa situação, o melhor a fazer é não fugir da realidade e procurar ajuda médica o quanto antes, pois o tratamento precoce é fundamental para resolver esse problema.

De acordo com a dermatologista Carla Simone Marsicano, a calvície é uma forma de alopécia (queda de cabelos) caracterizada por uma gradual e progressiva perda de cabelos devido a fatores hereditários. “O tipo mais comum da calvície masculina é a alopecia androgenética ou calvície de padrão masculino”, explicou. Segundo a médica, o problema acomete cerca de 50% dos homens.

Para o engenheiro Francisco Costa dos Santos, a calvície trouxe sérios problemas emocionais. “Foi muito difícil ver meus cabelos caindo. Usei vários shampoos, cremes, mas de nada adiantou.

Quanto mais eu usava, parece que mais caía. A consequência disso é que me tornei motivo de chacota entre meus amigos, o que me abalou bastante, pois não me sentia bem sendo chamado de careca”, contou.

Depois de passar por pelo menos dois especialistas, encontrou um que recomendou um implante capilar. “Quando o médico me deu essa opção, não pensei duas vezes. Apesar do custo ser um pouco alto, recebi de volta minha autoestima e vivo mais feliz”, afirmou. Na família de Francisco, quase todos os homens têm calvície, alguns mais evidentes, outros não.

A dermatologista enfatizou que a calvície, além de ser genética, continua durante toda a vida. “Mesmo que o transplante seja feito, os fios remanescentes continuam afinando e caindo”, declarou.

Por isso a importância do tratamento prévio e de manutenção para evitar que haja progressão do processo.

Não há uma idade certa para a iniciação da calvície, apesar de que, quando há predisposição genética, a maior perda de cabelos se dá entre o final da adolescência e os 30 anos. “A idade e a velocidade do processo geralmente é definida pela quantidade de genes herdados dos familiares do lado paterno, materno ou ambos”, disse Carla Simone, lembrando que a calvície se inicia com o afinamento, encurtamento, rarefação e despigmentação gradativa dos cabelos na região frontal da cabeça.

A calvície aumenta com o tempo e evolui para a atrofia e morte dos folículos capilares. “Mas é importante lembrar que as áreas laterais e posteriores são preservadas, pois são imunes à ação da substância dihidrotestosterona”, explicou.

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Jornal da Paraíba

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