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CULTURA

Espetáculo de comédia é cancelado devido a ordem judicial em Bayeux

Caso aconteceu na noite de ontem. Segundo organização do evento, decisão pedia que adolescentes até 16 anos fossem retirados do local.

Publicado em 03/04/2016 às 12:20

Uma determinação da justiça de Bayeux, cidade da Região Metropolitana de João Pessoa, forçou o cancelamento de um espetáculo do Pastoril Profano, que estava sendo realizado em um ginásio do município. Segundo Edilson Alves, da diretoria do pastoril, a decisão pedia que adolescentes até 16 anos fossem retirados do local e entre 16 e 18 anos só permanecessem se autorizados. Em desabafo em uma rede social, ele revelou as dificuldades de se realizar um evento de tamanho porte, revelando se sentir "vivenciando a volta da Ditadura Militar"

Conforme relato, Edilson explicou que o espetáculo já ocorria há aproximadamente 45 minutos quando 10 agentes de justiça pediram sua interrupção para a saída dos menores de idade, em cumprimento a uma portaria do município. Após algumas discussões, o ator cancelou o espetáculo e teve que devolver o dinheiro dos ingressos ao público. Por telefone, Edilson reiterou que a organização do evento continua sem compreender o que aconteceu e que já procurou uma assessoria jurídica para compreender e saber como se posicionar mediante a situação.

A promotora da infância e juventude de Bayeux, Fabiana Lobo, revelou desconhecer o ocorrido e preferiu não se pronunciar com relação à questão. Ela, contudo, explicou o teor da portaria que motivou o fim do espetáculo, a portaria 001/2016. Segundo a promotora, o texto é claro com relação à classificação etária.

"Crianças menores de 16 anos só podem permanecer acompanhadas dos pais e entre 16 e 18 anos só com autorização com firma reconhecida", disse, reiterando que ainda há muitas outras minúcias no texto, que ela não teve como informar durante a entrevista, pois necessitaria de uma consulta. Ela ainda disse que não é praxe o cancelamento de espetáculos. "O própio Estatuto determina aplicação de multa e auto de infração apenas, não o cancelamento", disse.

Lobo ainda disse que o caso só poderia ser melhor explicado pelo juiz titular da Vara da Infância da cidade. A reportagem, contudo, não conseguiu estabelecer o contato até as 13h deste domingo (3)

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Veja o relato de Edilson Alves no Facebook:
"Boa noite a todos. Se é que podemos dizer boa noite. Amigos, Artistas e Fãs da Companhia Paraibana de Comédia e do Pastoril Profano. Falo em nome de Adeilton Pereira - Biuzinha Priqui - Dinart Silvat - Verinha Pastoril - Ceicinha Pastoril- Alessandro Tcche - Sérgio Lucena Irmã Luzinete, Alessandro Barros - Mudinha Pastoril, Aluisio Souza Atori - Verônica, Lourenço Farias Molla , Milton Lima, Emanuel Rodrigues- Mano Trompetista Produtor, Nelson Alexandre da Silva, Wagner Nascimento, Janaina Dias e eu Edilson Alves. Hoje aconteceu algo diferente nas nossas vidas. Após 23 anos fazendo o espetáculo Pastoril Profano, peça essa que durante todos esses anos, estamos formando plateias, levando multidões aos teatros, circulando pelo nordeste e pelo Brasil levando o nome da Paraiba para todos os lados e claro, tudo isso com muito orgulho.

As vezes as pessoas não têm ideia do que que é passar três ou quatro meses para pesquisar, criar, montar, estruturar, investir, contar com ajuda de pessoas e empresas que acreditam na arte paraibana para montar um espetáculo. Sangue e suor são derramados para encenar uma obra seja ele a dramática ou cômica. Sem falar em todo trabalho que se dar para produzir e colocar este espetáculo ao acesso das pessoas que gostam de si divertir. Pois hoje senhoras e Senhores, fomos surpreendidos pelos agentes da Justiça da infância e Juventude de Bayeux que vinha cumprir a determinação da lei e da PORTARIA REGIONAL CONJUNTA 001/2016 da mesma cidade.

Pois pasmem senhores e senhoras, durante todos esses anos nunca tivemos problemas com a justiça, nunca tivemos problemas com nosso público, nunca afetamos a moral e bons costumes de ninguém, todos que conhecem nosso trabalho, fazemos com responsabilidade, qualidade e respeito com nosso público. Pois hoje fomos obrigados a parar ou melhor a CANCELAR O ESPETÁCULO para atender a citada portaria do daquela cidade. Então, senhoras e senhores, será que com toda revolução, crise e situação que o país está vivendo, estamos vivenciando a volta da DITADURA MILITAR?"

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Jornal da Paraíba

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