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CULTURA

Espetáculo 'Vau da Sarapalha' volta aos palcos seis anos depois

Peça será encenada na próxima quinta-feira, em Belo Horizonte, e pode retornar à Paraíba na reabertura do Teatro Santa Roza.

Publicado em 20/10/2015 às 8:09

Quando o público se acomoda, no palco um cachorro perdigueiro (interpretado por Servílio Holanda) dorme abanando o rabo e eventualmente se coçando com uma das patas traseiras. Argemiro (Nanego Lira) vem plantar nas terras do primo Ribeiro (Everaldo Pontes), mas está apaixonado pela mulher do parente. Para evitar a separação e a fúria de sentimentos que a revelação dessa paixão comum provocará, a velha Ceição (Soia Lira) manipula os elementos da Natureza (com a sonoplastia feita por Escurinho).

Um dos espetáculos mais importantes do Brasil – com sua linguagem própria e experimental oriunda de um conto de João Guimarães Rosa (1908-1967) – o premiado Vau da Sarapalha, do Piollin Grupo de Teatro, volta a ser encenado dentro da programação do Festival Estudantil de Teatro (Feto), quinta-feira que vem, em Belo Horizonte (MG).

“Funciona um pouco como uma reestreia. Vamos ver como ela funciona agora”, aponta o diretor Luiz Carlos Vasconcelos sobre a peça, encenada pela primeira vez há 23 anos. “Estamos fazendo ajustes na parte cênica e uma restauração do cenário”, conta, relembrando que o espetáculo (que mantém o mesmo elenco desde a sua estreia) foi apresentado no Brasil e exterior entre 1992 e 2009, ano em que a última turnê passou pelo interior paraibano, Ceará, Acre, Rio e São Paulo.

“O que tem de concreto mesmo é essa apresentação em Minas”, explica o ator Nanego Lira. “Existem outras propostas para nós avaliarmos, mas a prova de fogo mesmo é Belo Horizonte”.

De acordo com o diretor e autor da adaptação, depois de seis anos há uma possibilidade da montagem ser vista novamente na Paraíba. Uma dessas seria na reinauguração do Santa Roza, em João Pessoa, revitalização que ainda está em andamento (e sem previsão de entrega).

“Se havia alguma dúvida no princípio, notei a paixão de todos no decorrer desse retorno”, afirma Vasconcelos, que, devido a sua participação na novela da Rede Globo Além do Tempo, não pôde participar de todos os ensaios “recortados”.

“Teatro é um risco sempre porque a obra é viva e única”, conta Nanego Lira. “Vau da Sarapalha vai ter um pouco mais de risco por ser muito físico”, completa o ator, que está fazendo musculação para poder sustentar Everaldo Pontes novamente em cima de si para atravessar o palco.

Luiz Carlos Vasconcelos atenta que esses ajustes são apenas cênicos e cenográficos, onde a essência da obra de Guimarães Rosa permanecerá intacta. “Havia uma direção de movimento que nunca foi resolvido em uma cena”, relembra o diretor. “Consegui resolver e vai ser testado agora. São situações que só o tempo responderia”.

Segundo Nanego, que acompanha o trabalho de restauração do cenário idealizado por Vasconcelos, a expectativa coletiva é muito grande. “Vamos ver como Vau da Sarapalha reage a esse tempo”.

Imagem

Jornal da Paraíba

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