Esquentando o projetor

A Noite de Estreia – mostra que reúne uma série de filmes que não foram exibidos no circuito comercial nos cinemas paraibanos no ano passado – já esquenta seus projetores para mais uma edição, a quinta do projeto.

De acordo com Roberto Nunes, produtor cultural e coordenador do projeto, está em negociação com o negociando novamente com o Box Cinépolis (Manaíra Shopping), em João Pessoa, para uma semana de exibição pós-Carnaval, ainda no mês de março, e ainda a efetivação de uma programação permanente.

“Como nas edições do ano passado, será montado uma lista básica de filmes inéditos na Paraíba para depois abrir para uma votação e outras sugestões do público nas redes sociais”, comenta.

Ainda segundo o coordenador da mostra, na grade de programação será composta por sete longas-metragens, sendo quatro estrangeiros, dois nacionais e um clássico.

Dentre as sugestões prévias sobre a escolha de um clássico, estão na lista para escolha a versão restaurada de Um Corpo que Cai (1958), obra do ‘Mestre do suspense’ Alfred Hitchcock, além de dois filmes remasterizados do realizador francês Leos Carax que está circulando pelo Brasil: Boy Meets Girl (1984) e Sangue Ruim (1986).

CURTAS PARAIBANOS

“Vou lhe dar uma notícia em primeira mão: a minha produtora está envolvida na junção de curtas paraibanos em DCP para exibição dentro da programação nacional do projeto Cine Cult”, revela o produtor cultural.

O Cine Cult é um projeto criado por Roberto Nunes que traz para várias cidades do país produções independentes, premiadas em festivais ou de difícil circulação.

Duas produções do Estado já foram escolhidas: O Matador de Ratos, de Arthur Lins, e O Desejo do Morto, de Ramon Porto Mota. “A ideia é juntá-los nas exibições, pois dialogam entre si e abordam um gênero que vem voltando com força que é o horror”.

Nunes ainda adianta que, caso esse material for convertido antes, os curtas poderão compor a programação da nova Noite de Estreia.

Outra novidade para a 5ª edição da Noite de Estreia é que todas as produções serão exibidas em cópias digitais (DCP), em virtude da digitalização das salas no país. Nas outras mostras, todos os filmes foram projetados em 35mm.

“Apesar de ser um defensor incondicional da qualidade da imagem via película cinematográfica, há de se admitir que o DCP permite uma uniformização na qualidade de imagem e som”, justifica Nunes. “Antes exibíamos cópias únicas de filmes que muitas vezes estavam sem condições – riscadas ou manchadas – hoje isso não existe mais. Como o arquivo está armazenado em um HD, também diminui os custos de transportes e o filme pode circular mais facilmente”.