Eu sou Legião!

Desde Extermínio (2002), já foi à mobilidade quase zero dos desconcertados mortos-vivos famintos por ‘miolo’. Devido a sua nova velocidade, mal se consegue a aparência das hordas de zumbis de Guerra Mundial Z (World War Z, EUA, 2013), que estreia a partir desta sexta-feira nos cinemas de João Pessoa e Campina Grande.

Nos trailers oficiais, a praga cresce e se espalha pelo mundo em progressão geométrica, mais parecendo um único organismo (morto)vivo, uma ‘entidade’ amorfa capaz de passar por qualquer obstáculo que estiver a frente, o que pode oferecer contornos mais de um filme-catástrofe do que de terror.

Baseado no livro homônimo de Max Brooks (filho do diretor Mel Brooks com a atriz Anne Bancroft), mesmo autor do detalhista Guia de Sobrevivência contra Zumbis, o filme acompanha um ex-pesquisador da Organização das Nações Unidas e pai de família (Brad Pitt, também assinando a produção) que precisa atravessar o globo em uma corrida contra o tempo para impedir a pandemia que desafia exércitos e governos, ameaçando dizimar toda a humanidade.

O longa-metragem dirigido por Marc Foster (007 - Quantum of Solace), que também entra em cartaz com cópias em 3D, abandona um pouco o lugar comum (lê-se ‘Os Estados Unidos’) e joga o protagonista para o contexto geopolítico internacional, investigando e analisando o holocausto em países distintos pelo globo como a China (onde o filme foi censurado) e a Faixa de Gaza.

A avalanche de mortos-vivos não é o primeiro obstáculo da produção. Depois de passar por uma série de problemas, com refilmagens significativas, troca constante de roteiristas, dentre eles o próprio Max Brooks e o quadrinista J. Michael Straczynski, cenas reescritas (Pitt indicou Damon Lindelof, de Prometheus), mais zeros no orçamento (ficou em US$ 190 milhões) e um atraso de seis meses, Guerra Mundial Z já sinaliza uma bilheteria do mesmo jeito que a população de zumbis aumenta no decorrer do filme.

Com mais de US$ 111 milhões arrecadados ao redor do mundo e US$ 66 milhões nos Estados Unidos durante a abertura, o longa representa a melhor estreia de Brad Pitt nas telonas (seguidos de Sr. & Sra. Smith e Tróia).

Antes de todos os problemas de produção, o projeto seria uma trilogia, que parece ser retomado em virtude dos números: a Paramount já divulgou uma continuação.

Guerra Mundial Z é dedicado a George A. Romero, diretor de uma série de filmes do gênero iniciada com o clássico A Noite dos Mortos-Vivos (1968).

NOVO SUPERMAN EM PRÉ-ESTREIA

Nesta sexta-feira até domingo, sempre às 22h20, no Box Cinépolis (Manaíra Shopping), em João Pessoa, será exibido em pré-estreia a nova adaptação do Super-Homem conduzida por Zack Snyder: O Homem de Aço (Man of Steel, EUA, 2013).

Diferente de Superman - O Retorno (2006), a nova investida cinematográfica para um dos mais famosos personagens das histórias em quadrinhos partirá do zero.

Na trama, sai o arqui-inimigo Lex Luthor e entra Zod (Michael Shannon) junto com uma invasão alienígena. Assumindo o manto do super-herói, o britânico Henry Cavill (Imortais, Fuga Implacável).

Snyder, que já adaptou HQs como 300 e Watchmen, tem ajuda do cineasta que ‘salvou’ a franquia Batman, Chris Nolan, sendo produtor e co-roteirista.

MAIS CINEMA

TERROR PARODIADO: QUINTO ROUND

Além de Guerra Mundial Z, um filme que fica do outro lado do gênero estreia nos cinemas paraibanos. A comédia Todo Mundo em Pânico 5 (Scary Movie 5, EUA, 2013) mostra a nova leva de paródias dos sucessos hollywoodianos.

Dentre as histórias, uma bailarina precisa lidar com um diretor francês arrogante (no melhor estilo do oscarizado Cisne Negro) e crianças são encontradas em uma cabana abandonada depois de anos (alusão ao terror Mama). Resgatadas, elas são monitoradas em uma casa repleta de câmeras de vigilância (alguém lembrou a franquia Atividade Paranormal?)

Com o cinismo de Charlie Sheen encabeçando o elenco, o quinto filme tira sarro de longas como A Morte do Demônio (2013)e Planeta dos Macacos - A Origem (2011), entre outros. (AJ)