CULTURA
Ex- Palavrantiga, Marcos Almeida traz 'Eu Sarau' à Paraíba
O show acontece às 20h, no Teatro Paulo Pontes, no Espaço Cultural José Lins do Rego.
Publicado em 10/07/2015 às 8:00 | Atualizado em 07/02/2024 às 12:24
“É um certo paradoxo. O sarau é uma reunião entre amigos e, no show, eu estou sozinho no palco”. Essas são as palavras do cantor e compositor Marcos Almeida para descrever a sua performance em Eu, Sarau, que ele apresenta hoje, em João Pessoa. O show acontece às 20h, no Teatro Paulo Pontes, no Espaço Cultural José Lins do Rego (Tambauzinho). Os ingressos custam R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia).
Em conversa com o JORNAL DA PARAÍBA, o músico mineiro explica que a ideia é levar ao palco a diversidade do artista. “O artista tem em si várias facetas”, diz.
Um cenário que lembra a sala de estar de sua casa, com a presença do piano, da guitarra e de seu violão. Para deixar a plateia mais à vontade, como se realmente estivesse sentada no sofá da casa de Marcos Almeida, ele proporciona uma noite interativa, num diálogo com o público, seja através da música, da literatura ou do bate-papo que comanda.
O repertório é composto por 18 canções autorais. “Por conta do ‘eu’, resolvi apostar nas minhas composições”.Durante sua apresentação, ele traz algumas intervenções poéticas, com leituras de versos de Adélia Prado e Carlos Drummond de Andrade, entre outros. “A literatura está sempre presente nas coisas que eu faço”, ele fala, explicando o momento poético de seu show.
Sem ter uma categoria definida, ele transita entre o universo gospel e secular trazendo em seu trabalho uma dimensão artística e espiritual que andam sempre juntas. “Como diria a Adélia Prado, ‘arte e espiritualidade são braços de um mesmo rio’”. Marcos Almeida explica que não gosta de trabalhar com rótulos e categorias, “tem mais a ver com mercados”.
Para ele, o que importa é o conteúdo da alma, pois diz que é possível se comunicar através dele. "O show tem uma proposta artística de muita beleza".
E como uma resposta para a dualidade entre o sagrado e o profano, ele encabeçou o movimento mineiro Nossa Brasilidade. "Nasceu aqui dentro de casa, com os amigos. Um dia promovemos uma jam session online, precisávamos de uma hashtag para a divulgação daí pensei no 'nossa brasilidade'".
O sucesso foi tanto que, hoje, Marcos Almeida alimenta um blog, com pesquisa sobre cultura popular. "A grande sacada do movimento é distinguindo sem separar. Cultura popular transpira a espiritualidade o tempo todo", conclui.
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