CULTURA
Faltando espaço na mesa da Flip
Comemoração dos dez anos da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) fará homenagem a Carlos Drummond de Andrade.
Publicado em 04/07/2012 às 6:00
Já era indiscutível o poder de mobilização, entre escritores e leitores, da Festa Literária Internacional de Paraty (258 quilômetros do Rio de Janeiro).
Comemorando seus dez anos a partir de hoje, com uma programação em homenagem aos 100 a mais do poeta Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), a Flip agora consagra-se finalmente como peleja editorial, sendo o evento escolhido por muitos editores para o lançamento oficial dos novos livros de seu catálogo.
É o caso de Serena (Cia. das letras), de Ian McEwan, que participa no próximo sábado, véspera de encerramento do festival, de uma mesa de debate com a escritora Jennifer Egan, que também lança seu O Torreão (anterior a , que saiu ano passado pela Intrínseca) no âmbito da Flip.
A tradução de Caetano Galindo para o romance de McEwan (ou 'Macabro', para seus desafetos) sai em Paraty um mês antes das versões originais em inglês para os EUA e Inglaterra, terra natal do autor de Reparação (2001).
O homenageado Drummond, além de ganhar uma conferência hoje com a presentaça de Antonio Cícero e Silviano Santiago, dois dos principais nomes da poesia e da crítica brasileiras, lota as estantes com Os Sapatos de Orfeu (Globo), biografia escrita por José Maria Cangaço, e Cyro & Drummond (idem), volume epistolar que vinha sendo comentado desde a descoberta das cartas, em 2010.
Drummond é lembrado ainda na manhã de sexta-feira, quando Antonio Carlos Secchin e Alcides Villaça, sob mediação de Flávio Moura, discutem a modernidade do poeta de Itabira (MG).
Javier Cercas, também presente na agenda, faz barba e bigode com os lançamentos de Anatomia de um Instante e Soldados de Salamina, edição e reedição publicadas pela editora Globo.
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