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CULTURA

Faroeste 'Três homens em Conflito' completa 50 anos de lançamento

Estrelado por Clint Eastwood, filme é a última parte da 'Trilogia dos Dólares', de Sérgio Leone.

Publicado em 15/03/2016 às 10:00

Geralmente, quando se analisa uma trilogia, o último filme tende a cair qualitativamente em relação aos outros. Essa “maldição do terceiro filme”, no entanto, passa longe do alvo quando se fala do derradeiro (e aclamado) longa da ‘Trilogia dos Dólares’ (ou ‘Trilogia do Pistoleiro sem Nome’), Três Homens em Conflito, que comemora seu cinquentenário este ano.

O filme deu sequência a "Por um punhado de dólares" e "Por uns dólares a mais", também estrelados por Clint Eastwood.

O western spaghetti do diretor italiano Sergio Leone (1929-1989) mostra uma corrida atrás de um boa quantia em dinheiro pelos três protagonistas do título: ‘o bom’ (o anônimo caçador de recompensa vivido por Clint Eastwood), ‘o mau’ (interpretado por Lee van Cleef, o Sentenza ‘Olhos de Anjo’) e ‘o feio’ (Eli Wallach como o bandido chicano Tuco) – ‘il buono, il brutto, il cattivo’ no original.

Apesar de ter estreado em 1966 na Itália, Três Homens em Conflito só apareceu no Brasil dois anos depois.

Com o tema musical imortalizado na história do cinema por Ennio Morricone, o ‘bang-bang’ à italiana desconstrói a linguagem cinematográfica já na sua cena inicial, quando é mostrado o cenário árido e montanhoso de Velho Oeste em plano aberto e, de repente, aparece a cabeça de um homem em close-up.

Bem humorado e cheio de reviravoltas, o contexto da Guerra de Secessão (1861-1865) é bem explorado ao longo do filme. Orson Welles (responsável por Cidadão Kane) chegou a sugerir a Leone que não utilizasse o tema histórico devido ao fracasso de produções que abordaram o assunto.

O maior destaque nas suas três horas de duração é o confronto entre os personagens no centro de um enorme cemitério, com 300 metros de diâmetro e mais de cinco mil lápides, construído especialmente para o desfecho. Com os closes nos olhos e coldres, intercalando o trio protagonista do duelo, Leone ‘congela’ o tempo e garante a tensão como ninguém.

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Jornal da Paraíba

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