CULTURA
Festa comemora 24 anos do Bloco da Saudade
Casa Memorial Severino Cabral tem programação carnavalesca em Campina Grande.
Publicado em 06/02/2015 às 12:55 | Atualizado em 22/02/2024 às 19:38
Uma programação nostálgica como o nome do bloco. Em comemoração aos 24 anos do Bloco da Saudade e aos 40 anos do Festival de Inverno de Campina Grande, o Instituto de Arte, Cultura e Cidadania Solidarium organiza hoje e domingo, em Campina Grande, uma programação carnavalesca com exposição, recital lítero-musical e cortejo com orquestra.
As atividades começam hoje, a partir das 17h, nas salas da Casa Memorial Severino Cabral com a abertura da exposição Poética da Saudade. Em seguida, às 18h, haverá o recital lítero-musical com a participação dos artistas Lara Salles, Adília Uchôa e Arli Arnaud, Harlan Santos, Saraiva, Valderon, Crispim e Grupo Serenata Suburbana. A entrada é gratuita.
Segundo Eneida Agra Maracajá, diretora do Festival de Inverno de Campina Grande e do Bloco da Saudade, a ideia é prestar um tributo aos tempos idos: “O reencontro com o passado só se dá na reconstrução da memória por um sistema de valores que coincidem com o quadro social presente, ele próprio uma lembrança estável e dominante.”
A exposição Poética da Saudade remete-se diretamente à história do bloco criado em 1991, durante a extinta Micarande. Estarão dispostas nas salas da Casa Memorial Severino Cabral adereços e fantasias utilizadas pelos foliões nas 20 edições ininterruptas dos desfiles.
O recital lítero-musical terá apresentação do Grupo Serenata Suburbana, que promete fazer um "Carnaval de antigamente" sintonizado com a proposta da programação. No repertório, canções de Vinicius de Moraes (1913-1980), Capiba (1904-1997), Dolores Duran (1930-1959), Lupicínio Rodrigues (1914-1974), entre outros.
"O passado deve ser revivido, resgatado e defendido para as novas gerações, porque sem o passado não existe história e perde-se a identidade", justifica Eneida, que traz de volta o Bloco da Saudade no domingo, a partir das 16h, quando os grupos e orquestras que vão fazer o desfile se concentram no beco da rua Augusto Severo (ao lado da Casa Memorial Severino Cabral).
A saída do bloco é às 17h30, com um cortejo que passa pelas ruas centrais da cidade, terminando o seu passeio na Praça da Bandeira, às 20h. "Chegou a hora de voltar", anima-se a diretora do bloco, comparando-o a uma mistura de pastoril e procissão que tem a bênção dos "anjos inventores do Carnaval". A expectativa é de dar "um banho de romantismo", "recordando o passado, a pura tradição, história e memória viva de tempos em que as famílias faziam serestas."
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