Filme com princesa da Disney e comédia romântica chegam aos cinemas

Renato Félix
Do Jornal da Paraíba

Em 2003, a Walt Disney Company deu uma das maiores bolas foras da vida da empresa: anunciou que deixaria de lançar longas de animação em 2-D, principais responsáveis pelo conglomerado ser o que é. Um dos maiores casos de ingratidão já vistos em Hollywood.

Foi preciso que John Lasseter, chefão da Pixar (que faz história com suas animações por computador), assumisse o departamento de animação da Disney para que dissesse o óbvio: que o suporte (se feita à mão ou por computador) não é o que garante o sucesso, mas uma boa história e bem contada. Assim, anunciou a volta da Disney aos desenhos feitos à mão para cinema, que se concretiza com o aguardado A Princesa e o Sapo (The Princess and the Frog, Estados Unidos, 2009, estreia nesta sexta-feira, 11).

Confira a programação completa dos cinemas no Paraíba1.

Acesse comentários sobre os filmes no blog Boulevard do Crepúsculo.

O filme é dos resgatados John Musker e Ron Clements, diretores dos sucessos As Peripécias do Ratinho Detetive (1986), A Pequena Sereia (1989) e Aladdin (1992), e dos não tão bem sucedidos Hércules (1997) e Planeta do Tesouro (2002). Diferente de antes de 2001, quando os longas da Disney praticamente não tinham concorrência, A Princesa e o Sapo enfrenta um cenário onde a computação favoreceu toda produtora fazer sua própria animação e encontrar quem lance. O circuito está infestado deles, vários bem ruinzinhos.

Como armas próprias, o longa de Musker e Clements situa o filme na charmosa Nova Orleans, numa força da Disney à cidade após a devastação do furacão Katrina, recheia a trilha de jazz (a cargo de Randy Newman), e tem como estrela a primeira princesa negra da Disney: Tiana, dublada no original por Anika Noni Rose (de Dreamgirls, 2006).

Na história, o beijo que transformaria o sapo em um belo príncipe (dublado por Bruno Campos, brasileiro que mantém carreira nos EUA, e atuou em O Quatrilho, 1995) dá errado: é ela quem também se transforma. O animais simpáticos também dão as caras, na forma dos jacarés tropetistas, cujo líder chama-se Louis - homenagem, claro, a Louis Armstrong.

'500 Dias com Ela' mistura romance e música pop
por Astier Basílio

Não é à toa que a comédia romântica 500 Dias com Ela (EUA, 2009), que estreia em duas salas na capital, tenha tanta música. É o filme de estreia Marc Webb, que tem no currículo videoclipes para astros da música pop, como Santana e Lenny Kravitz.

Nem é gratuito que a atriz principal do filme, a poderosa Summer, a “Ela” do filme, seja a atriz Zooey Deschanel, também cantora do She & Him, motivo das queixas e dores do pobre Tom (Joseph Gordon-Levitt). Quando o amor acaba o que resta? A memória.

E como diria o poeta Wally Salomão, “a memória é uma ilha de edição” e é fazendo o videoclipe do seu romance que Tom vai contando sua estória e, junto com o personagem, vamos seguindo esse mesmo percurso para entender o que realmente aconteceu entre eles. A montagem lembra um pouco o ritmo de O Fabuloso Destino de Amelie Poulain.