Filme Gigantes de Aço estreia hoje nos cinemas

Uma mistura dos bons, empolgantes e velhos tempos de Rocky Balboa com os tecnológicos Transformers. O filme Gigantes de Aço (Real Steel, 2011) chega hoje aos cinemas brasileiros como um 'ficção científica drama de ação' (se é que isso é possível) no qual pai e filho caminham numa espécie de 'procura da felicidade'.

A história acontece num futuro não muito longe daqui, em 2020, e é protagonizada por Huck Jackman (o Wolverine de X-Men Origens) no papel de Charlie Kenton. Ele era um lutador campeão de box que entra em decadência quando a luta entre humanos é proibida e robôs humanoides passam a subir no ringue.

Ele tenta se estabelecer nesse novo contexto treinando os 'atletas de aço' e promovendo combates com robôs insignificantes, já que só consegue peças de baixa qualidade para montar os gigantes de 2,4 metros.

Até que, juntamente com o seu filho Max (Dakota Goyo), que ele não conhecia, descobrem um robô descartado chamado Atom. Uma metáfora sobre um atleta que tem que sobreviver e ganhar dinheiro com as máquinas que lhe roubaram o trabalho. Além de uma história de superação, que em geral, sempre agrada o público e mais um filme no qual as máquinas ocupam o lugar dos seres humanos.

Para interpretar Charlie Kenton, Huck Jackman teve aulas com o ex-pugilista americano Sugar Ray Leonard. Jackman já tinha alguma experiência com o boxe e Sugar com as câmeras, já que atua como consultor em emissoras americanas, o que não poupou ele de ser um pouco 'realista' nos ensaios "Ray só estava fingindo que dava um soco na minha barriga... mas meio que doeu", disse Jackman em entrevista.

A produção de US$ 110 milhões liderou arrecadação nas bilheterias americanas no fim de semana de estreia. Com direção de Shawn Levy (Uma Noite no Museu 2) e produção executiva de Steven Spielberg, o filme tem no elenco Evangeline Lilly (Kate do seriado Lost), Anthony Mackie, Hope Davis, James Rebhorn e Olga Fondo.

Para o diretor, Shawn Levy, o filme funciona como um conto de redenção de três almas perdidas e esquecidas, "os personagens principais, pai, filho e máquina, são seres abandonados”, disse Levy em entrevista. “Os três foram banidos e esquecidos. A essência da história é como esta trindade tem a oportunidade de voltar a ter honra.”

A inspiração para o trabalho vem da literatura, no conto Steel do ficcionista Richard Mathenson. O escritor já teve outros romances como Eu Sou a Lenda (I Am Legend), A Casa da Noite Eterna (Hell House), Em Algum Lugar do Passado (Somewhere in Time) e Amor Além da Vida (What Dreams May Come), adaptados para o cinema.

Outra, o estímulo na direção da obra veio dos filmes de boxe que "assisti com meus irmãos umas 50 vezes", segundo Levy, assumindo que era fã de filmes de esporte. Parte da tecnologia utilizada para tornar os gigantes de aço mais reais e impressionantes foi 'emprestada' dos trabalhos de James Cameron para Avatar.

Gigantes de aço estreia hoje em quatro salas de João Pessoa e uma de Campina Grande.