CULTURA
Filme paraibano ganha novo impulso com distribuição nacional e internacional
Longa 'Onde Borges Tudo Vê' tem direção de Taciano Valério e é protagonizado por Everaldo Pontes.
Publicado em 07/10/2015 às 9:00
Napoleão (interpretado por Everaldo Pontes) é um cego fã de Jorge Luis Borges (1899-1986). Seu entusiasmo é tanto pelo escritor argentino que deu o nome de seu ídolo ao hamster de estimação. Yara (vivida por Verônica Cavalcanti) é a moça da limpeza, Romão (Fabiano Raposo) é o garoto que faz pequenos serviços e Vladimir (Paulo Philippe) o seu auxiliar. Eles planejam o roubo de uma obra rara e inédita de Borges que Napoleão diz guardar.
Esse é o mote do longa-metragem paraibano Onde Borges Tudo Vê (2012), que está sendo lançado em DVD pelo Brasil através da produtora e distribuidora Lume Filmes.
De acordo com o diretor Taciano Valério, o filme também vai cruzar as fronteiras e ser distribuído fora do país, chegando à Europa em breve. “Existe espaço pro cinema, mas o problema é que são muitos filmes. Tem também muitos filmes bons que não chegamos a ver”, pontua.
O cineasta de Campina Grande conta que Onde Borges Tudo Vê teve uma circulação sazonal nos circuitos alternativos de cinema. Essa “resistência” – onde as produções procuram uma divulgação além dos festivais – persiste com o exemplo de Tudo que Deus Criou, do paraibano André da Costa Pinto, que chegou a estrear em várias salas do país no começo deste ano.
Junto com o filme, o DVD tem como extras o trailer e o making of. Os outros longas que fazem parte da chamada ‘Trilogia Sem Cor’ – Ferrolho (2013) e Pingo d‘Água (2014) – também serão lançados em DVD brevemente.
Adaptação do conto homônimo publicado no livro Fragmentos de Um Olhar, de autoria do próprio diretor, o longa foi rodado com intenção de ser um curta-metragem na ilha de edição, sendo realizado em duas etapas.
PROJETOS
Como cineasta prolífero, Taciano Valério se desdobra não só em vários projetos, mas também em vários locais. “Atualmente vivo em quatro lugares: Recife, Campina Grande, Serra Talhada e Caruaru”, enumera o realizador.
Dentre seus planos, muitos estão sendo montados ou já filmados com nomes como Jean-Claude Bernardet (que já o dirigiu em Pingo d‘Água), Tavinho Teixeira (diretor de Batguano) e Everaldo Pontes, indo além das telonas.
Dois deles são direcionados para a TV: o piloto do seriado tragicômico Giga, sobre um vendedor de suicídios, e o Abcedário Sem Cabeça, episódios de 13 minutos com Bernardet.
Além do projeto de mais dois longas-metragens, Valério está rodando Performance Adentro, dez curtas onde “coloco meus anseios com o meu relacionamento com os atores”, na definição do diretor paraibano.
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