icon search
icon search
home icon Home > cultura
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

CULTURA

Flávio Tavares sai da disputa

Desistencia do artista se dá em meio a uma discussão acerca das campanhas, que já estão sendo articuladas antes da abertura do edital.

Publicado em 27/07/2012 às 6:00


O artista plástico Flávio Tavares anunciou ontem à reportagem a retirada de sua candidatura à cadeira nº 14 da Academia Paraibana de Letras (APL), vaga deixada após a morte do poeta Ronaldo Cunha Lima.

A exemplo do que ocorreu em 2008, quando Flávio Tavares saiu da disputa pela cadeira hoje ocupada por José Nêumanne Pinto, o artista abdicou do pleito de sucessão, que agora orbita em torno de postulantes como Antônio Mariano e José Bezerra Filho.

A declaração veio na esteira de uma discussão acerca das campanhas que já estão sendo articuladas antes da abertura do edital para o posto, que ocorrerá no próximo mês, após solenidade em homenagem à memória de Ronaldo.

Segundo Flávio Tavares, seu ingresso no páreo se deu por sugestão dos próprios acadêmicos e que ele, "de maneira alguma quis faltar com o respeito aos sentimentos da família Cunha Lima".

"Senti-me honrado e gratificado com os telefonemas que recebi e, por causa disso, conversei com alguns acadêmicos na ocasião do lançamento do livro de Hildeberto Barbosa Filho", conta Flávio Tavares, referindo-se à sessão de autógrafos que reuniu parte dos imortais na semana passada.

"Mas depois desta animosidade, não há a menor possibilidade de eu conversar novamente sobre isso", justifica, mostrando-se decepcionado com a postura da APL que, em suas palavras, "beira a esquizofrenia": "Só posso pensar que isso faz parte de um jogo maquiavélico em que artistas são confundidos com mocinhos e bandidos, uma manobra de colocar em evidência os maus, que estão querendo a vaga, e os bons, que ficam calados à espreita deste pódio olímpico".

O artista plástico, que comemorou 50 anos de carreira ano passado, também expressou sua postura em relação ao título de "imortal": "Imortal, para mim, é vampiro. Não é através da Academia que você vai se tornar um imortal. O papel do artista é fazer arte. E eu já estou dentro da APL com dois quadros", diz Tavares, autor das telas em homenagem a Augusto dos Anjos e Ariano Suassuna que a APL ostenta em sua sede.

Outro fator que levou à desistência de Flávio Tavares a consorciar-se à APL foi o estado de saúde delicado de seu irmão mais novo, o jornalista Carlos Tavares, do Correio Braziliense.

"Estou numa fase sentimental muito difícil e me perturbo muito facilmente. Eu agradeço a lembrança mas não quero fazer parte deste jogo da liturgia acadêmica".

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp