icon search
icon search
home icon Home > cultura
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

CULTURA

França e Paraíba em harmonia

Acordeonista Richard Galliano volta ao Nordeste, em setembro; músico francês sobe ao palco do festival Mimo, em PE com o Quinteto da Paraíba.

Publicado em 20/07/2013 às 6:00 | Atualizado em 14/04/2023 às 14:35

Apontado como um dos maiores acordeonistas da atualidade, Richard Galliano volta ao Nordeste, em setembro, para mais um encontro com a Paraíba. Desta vez, o músico francês sobe ao palco do festival Mimo, em Pernambuco, com o Quinteto da Paraíba para, juntos, executarem o novo trabalho do músico, Vivaldi.

Lançado pelo prestigiado selo de música erudita Deutsche Grammophon, a obra transporta para a sonoridade do acordeom, a famosa peça ‘As Quatro Estações’.

“Tratando-se de um músico com a dimensão do Galliano, um dos mais conceituados artistas de jazz, de música de câmara, de música popular, pra gente é uma honra”, afirma o contrabaixista Xisto Medeiros, do Quinteto da Paraíba, a respeito do encontro, marcado para o dia 7 de setembro na Igreja da Sé, em Olinda, com entrada gratuita.

“Além do mais”, prossegue Xisto, “esta será a primeira apresentação do Quinteto com ele, o que é especial pra a gente, afinal, já tocamos algumas vezes com o (acordeonista paulista) Toninho Ferragutti, que é da mesma dimensão do Galliano, e outras quatro ou cinco vezes com Sivuca, que aí nem se fala”.

Em entrevista ao JORNAL DA PARAÍBA, Richard Galliano confirma que ainda não conhece o quinteto paraibano – formado por Yerko Tabilo (1º violino), Caio Vinícius (que substitui Marina Zenaide no 2º violino), Ronedilk Dantas (viola), Thomaz Rodriguez (cello), além de Xisto Medeiros -, mas espera que o encontro seja algo prazeroso para ambos. “Espero que seja um belo encontro humano e musical”, resume.

Juntos, francês e paraibanos irão mostrar um repertório que contempla Antonio Vivaldi (1678-1741), mas também ‘As quatro estações portenhas’, de Astor Piazzolla (1921-1992), uma das maiores influências de Galliano, músico de formação jazzística que já dividiu o palco com gigantes do calibre de Chet Baker, Ron Carter e Wynton Marsalis.

“A música de Piazzolla será apresentada alternadamente com a de Vivaldi”, informa Galliano. “As energias são paralelas e complementares. Eu também vou tocar duas composições minhas: ‘La valse à margaux’ e ‘Tango pour Claude’”, acrescenta.

Para ele, não foi trabalho algum transpor ‘As quatro estações’, composta originalmente para violino e orquestra de câmara, para o acordeom. “Eu simplesmente toco a partitura original no meu acordeom. Não há necessidade de adaptação. A vantagem é lançar uma nova luz sobre a música de Vivaldi graças ao acordeom”, afirma.

Xisto garante que o Quinteto da Paraíba está afinado para a apresentação. “É como disse Mario de Aratanha (fundador do selo Kuarup, que lançou os primeiros discos do grupo): o Quinteto é um grupo com técnica de música de câmara, mas com o suíngue da música popular. Acho que essa é uma maneira de descrever a importância do Quinteto da Paraíba”.

SIVUCA, UM ÍDOLO

Richard Galliano tem uma aproximação estreita com a Paraíba. Em dezembro de 2010, esteve em João Pessoa para participar da gravação do DVD do sanfoneiro Zé Calixto. Ele também figura do filme Paraíba, Meu Amor (Un Film Sur le Forró, 2009), do suíço Bernand Robert-Charrue.

Mas sua ligação mais estreita com o Estado talvez seja com um dos filhos mais ilustres da Paraíba: Sivuca (1930-2006). “Tenho muitas coisas a dizer sobre Sivuca”, começa. “Primeiramente, estou triste que ele tenha nos deixado tão cedo. Eu encontrei Sivuca, inicialmente, através de um disco que me acompanhou por toda a minha adolescência, Rendez-vous a Rio (lançado por Sivuca em 1965), que havia sido gravado em Paris no início dos anos 60”.

“Mais tarde, quando eu o convidei para a Cidade da Música, em Paris, e para o Festival de Tulle” – prossegue Richard Galliano -, “eu tive a oportunidade de lhe dizer da grande influência que (ele) havia tido sobre mim. Sivuca me respondeu, ao mesmo tempo se perguntando, sobre a energia que havia recebido de Luiz Gonzaga (1912-1989) e que, esta sim, teria chegado até a mim”.
E o francês arremata dizendo: “Fiquei muito sensibilizado quando sua viúva (a cantora e compositora Glorinha Gadelha) me informou que Sivuca morreu enquanto ouvia meu disco, Piazzolla Forever (2003). Uma bela transmissão de energia”.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp