CULTURA
Francisco José diz que mostrou Campina Grande para o Brasil
Ele lança livro e ressalta matérias sobre São João, Mão Branca e Borboletas Azuis.
Publicado em 04/05/2017 às 21:23
O caso do grupo de extermínio “Mão Branca”, a seita religiosa “Borboletas Azuis” e o Maior São João do Mundo em Campina Grande ganharam repercussão no Brasil pela tela do Jornal Nacional, da Rede Globo de Televisão, nas reportagens do repórter Francisco José, um dos maiores nomes do jornalismo brasileiro.
A revelação foi feita nesta quinta-feira (4), à noite, pelo jornalista que proferiu palestra e lançou seu livro “40 anos no ar”, no Teatro Municipal Severino Cabral, na Rainha da Borborema, na semana acadêmica da Faculdade Cesrei.
“Fiz reportagens para o Brasil sobre Mão Branca e os Borboletas Azuis. Eu lembro também de um cidadão daqui que ele sobreviveu, mas ficou cego. Ele andava com uma lanterna pelas ruas de Campina Grande procurando Justiça. Eu fiz Margarida Maria Alves, assassinada em Alagoa Grande, e todas as consequências da morte dela. Na época, eram os poderosos, no período da ditadura. Nós denunciamos o fato naquela época”, ressaltou Francisco José, recordando também matéria sobre o Vale dos Dinossauros, em Sousa, no Sertão paraibano.
São João
Em relação aos festejos juninos, Francisco José disse que projetou o evento de Campina Grande sem fazer disputa com Caruaru. “Eu não acho saudável fazer a disputa entre o São João de Campina Grande e o de Caruaru. Os dois se equiparam, são excelentes e extraordinários. Procurava sempre mostrar um e mostrar o outro com as mesmas virtudes e as mesmas vantagens”, destacou o jornalista.
Dificuldade
Natural do Crato (CE) e radicado há décadas em Recife (PE), Francisco sublinhou as dificuldades no início da carreira. “Houve dificuldade no início, sendo um repórter sertanejo numa época em que havia apenas oito repórteres autorizados na Globo a entrar no Jornal Nacional e surgia esse matuto do Sertão, enfrentar toda a burocracia que existe na maior emissora de televisão do país para se tornar um repórter de rede naquela época. Hoje é bem mais simples. Esse foi o maior desafio”, assinalou Francisco José.
Cinco continentes
O livro ‘40 anos no ar’ reúne momentos marcantes, histórias e situações do cotidiano do repórter Francisco José, que acumula no currículo mais de duas mil reportagens pelo Brasil e nos cinco continentes do mundo.
Doação
Francisco José, ainda revelou, que os recursos arrecadados com a venda dos livros será diretamente repassada para a Fundação Terra, do Padre Airton, que realiza projetos de assistência social e em saúde em Pernambuco.
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