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CULTURA

Gravado em meio a problemas, novo disco do AC/DC mantém a integridade

Rock or Bust é um bom disco do AC/DC, sem firulas ou invencionices, que se mostrou blindado à sombra negra que paira acima do grupo.

Publicado em 18/01/2015 às 8:00 | Atualizado em 28/02/2024 às 17:21

Durante uma entrevista coletiva em São Paulo, em 2009, foi perguntado ao AC/DC que tipo de música nova os integrantes andavam ouvindo. Reza a lenda que o vocalista Brian Johnson pensou um pouco e respondeu: “Rolling Stones, Led Zeppelin, Deep Purple...” e os jornalistas caíram na gargalhada.

Formada na Austrália em 1974 pelos irmãos Malcolm e Angus Young, o AC/DC é uma banda que parou no tempo. Ainda bem! O som que eles entregam em Rock or Bust (Sony Music, R$ 27,90), lançado no finalzinho de 2014, é o mesmo que eles vêm fazendo nos últimos 40 anos: o bom e velho hard rock repleto de ótimos riffs, agudos rascantes e refrões grudentos, executados com técnica e vigor por cinco senhores beirando os 60 anos.

Rock or Bust é um bom disco do AC/DC, sem firulas ou invencionices, que se mostrou blindado à sombra negra que paira acima do grupo, sobretudo sobre Malcolm Young e o baterista Phil Rudd.

Poucos meses antes do disco chegar às lojas, o AC/DC anunciou que seu membro-fundador estava fora da banda por problemas de saúde. Na série de entrevistas que deu ao redor do mundo para promover o novo trabalho, o guitarrista Angus Young deu detalhes sobre o estado de saúde do irmão mais velho.

Segundo Angus, Malcom sofre de uma doença degenerativa, cujos primeiros sintomas foram percebidos ainda nas gravações do disco anterior, Black Ice (2008). Com tratamentos, o músico seguiu em frente, mas no caminho descobriu um câncer no pulmão e ainda colocou um marca-passo no coração.

Ao se reunir para gravar o novo álbum, o AC/DC percebeu que não era possível ter Malcolm trabalhando e acabou substituindo-o pelo sobrinho, Stevie Young,de 58 anos. Stevie já tinha feito uns backing vocals na banda uns 20 anos atrás e finalizou as partes do tio em Rock or Bust.

Mas enquanto a família Young dava assistência a Malcolm, Phil Rudd enfiava o pé na jaca. Segundo a imprensa internacional, este senhor de 60 anos dividiu alguns dias de 2014 entre o estúdio, a delegacia e o tribunal da Nova Zelândia, onde vive e mantém um restaurante, que dá conta quando o AC/DC não está em turnê.

Lá, Rudd - que se juntou ao AC/DC em 1975, saiu em 1983 e voltou 11 anos depois - é processado por ter feito ameaças de morte e porte de drogas (maconha e anfetamina). Como se não bastasse, com o novo disco já na rua ele ainda se meteu em uma discussão em um café e acabou preso. No dia 7 de fevereiro, o músico terá outra audiência na justiça.

Com Angus, Johnson, Stevie, Rudd e o baixista Cliff Williams, Rock or Bust resistiu bravamente às adversidades. O produtor Brendan O’Brien (o mesmo de Black Ice) cuidou para que o grupo soasse coeso e fiel ao legado que o AC/DC mesmo criou, mantendo a estrutura hard das canções, o vocal de Johnson na medida e as timbragens das guitarras e da cozinha (baixo e bateria).

Mas o serviço foi rápido: o 16º disco de estúdio da banda saiu com 11 músicas que variam entre 2m43 e 3m41, totalizando aproximadamente 35 minutos - o tempo mais curto de um disco do AC/DC.

Porém, a curta viagem propicia ótimos momentos, como em ‘Play ball’, ‘Rock the blues away’, ‘Dogs of war’, ‘Got some rock & roll thunder’ e a faixa que dá nome ao álbum.

PARA 2015
Provando mais uma vez que o AC/DC não se deixa abater tão facilmente, o quinteto vai sair em turnê para promover o disco e celebrar os 40 anos de ótimos serviços prestados ao rock.

Além disso, toca na 57ª edição do Grammy, dia 8 de fevereiro, e ainda lança um documentário sobre o ex-vocalista Bon Scott, morto em 1980.

Para este ano também é esperada uma edição nacional da elogiada biografia The Youngs: The Brothers Who Built AC/DC, do australiano Jesse Fink. O livro, que deverá sair pela editora Gutemberg (do grupo da Autêntica), mostra a trajetória do grupo, um best seller de 200 milhões de discos vendidos que sempre se manteve fiel aos seus ideais musicais.

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Jornal da Paraíba

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