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CULTURA

Guilherme Weber roda seu primeiro longa como diretor no interior da PB

Inspirada na obra Santa Maria do Circo e rodado no interior da Paraíba,'Deserto' marca a estreia de Guilherme Weber como diretor.

Publicado em 23/03/2014 às 6:00 | Atualizado em 11/01/2024 às 18:46

O que fazer quando a identidade se torna ‘árida’? Quais as oportunidades podem ser enxergadas em um local ermo? Até que ponto nós interpretamos personagens para nutrir um sentido de viver?

Essas são algumas das questões levantadas no longa-metragem Deserto, filme em fase de pós-produção rodado no interior da Paraíba que marca a estreia do ator Guilherme Weber na direção.

Inspirada na obra Santa Maria do Circo (lançada originalmente em 1998), do mexicano David Toscana, o filme gira em torno de uma velha companhia de teatro itinerante que se encontra em crise.

“Os artistas em movimento é quase um gênero em si”, classifica Weber, que teve quatro semanas para rodar a produção na região da Serra de Picotes, localizada no distrito de Quixabá, a 16 quilômetros de Patos, no Sertão paraibano. “Existe essa coisa mambembe e mágica porque me interessava em falar do ofício de ator”.

Em uma de suas andanças, a trupe de oito artistas chega em uma cidade praticamente deserta. “Alguns querem partir para procurar uma praça boa para ganhar dinheiro, outros querem povoar o local como cidadãos”, explica o ator Everaldo Pontes, que interpreta o mágico do grupo.

No lado dos que querem ir está o líder do grupo, vivido por Lima Duarte. “Queria um rosto icônico do cinema brasileiro para este papel”, aponta Weber. “Quando se escreve, o rosto dos atores acaba assaltando a sua mente”.

Depois de uma reviravolta, os membros decidem permanecer na ‘cidade fantasma’. Everaldo conta que cada um desempenhará uma função que julgam importante para se ter em uma sociedade por intermédio de um sorteio de papéis entre si. “É o sentido universal da arte no nosso dia a dia”.

O personagem de Everaldo abandona seus truques de mágica e adota as regras da lei como um policial militar. Outro ator paraibano, Fernando Teixeira, deixa o chicote de domador de leões para mudar radicalmente, inclusive sua cor, como um negro. “Ele faz os serviços gerais de todo mundo”, afirma Pontes. “A sociedade que representamos é racista”.

O elenco de Deserto ainda conta com atores de várias partes do Brasil: as paulistanas Cida Moreyra e Magali Biff, que viram uma cozinheira e uma médica, respectivamente, o curitibano Cláudio Campos, um anão que adota o sacerdócio e se torna padre, o santista Márcio Rosário, um halterofilista circense que vira uma prostituta e a jovem carioca Pietra Pan, que se torna uma caçadora, que abate urubus para a trupe se alimentar.

ESCOLHA DO CINEMA

“O próprio cinema me deu essa locação”, comenta Guilherme Weber sobre a escolha da Paraíba para rodar seu primeiro longa-metragem.

O diretor relembra que estava vendo alguns filmes nacionais quando estava escrevendo o roteiro (feito a quatro mãos com Ana Paula Maia), quando seu “olhar muito apurado” vislumbrou Picotes em Cinema, Aspirinas e Urubus (2005). “Entrei em contato com (o diretor) Marcelo Gomes e ele me falou que era na Paraíba”.

Na perspectiva de Weber, a produção tem um visual e estética de fábula, mas o filme não apresenta nenhuma moral.
“É um cenário de faroeste”, exclama Everaldo Pontes sobre o universo cinematográfico do interior paraibano. “É um faroeste revisitado, abrasileirado, o nosso faroeste”.

Produzido pela Bananeira Filmes, Deserto se encontra na fase de capitalização de recursos para sua finalização.

De acordo com Guilherme Weber, a previsão de lançamento do filme acontecerá no ano que vem.

Imagem

Jornal da Paraíba

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