CULTURA
Homens e mulheres retomam a eterna ‘Guerra dos Sexos’
Em ‘Guerra dos Sexos’, Otávio (Tony Ramos) e Charlô (Irene Ravache) vão mostrar os conflitos e prazeres entre homens e mulheres na eterna busca da superioridade.
Publicado em 30/09/2012 às 8:00
Ah, a eterna e deliciosa disputa entre homens e mulheres! Que graça teria a vida se os dois únicos exemplares da espécie humana não vivessem em constante rixa?! Como seria sem as implicâncias e divertidas brincadeiras sobre superioridade? Mas entre espinhosas alfinetadas, há também espaço para românticas declarações. E assim vivem nossos protagonistas - na mais perfeita química entre amor e ódio.
Em ‘Guerra dos Sexos’, Otávio (Tony Ramos) e Charlô (Irene Ravache) vão mostrar os conflitos e prazeres entre homens e mulheres na eterna busca da superioridade. Ambientada em São Paulo, a novela tem autoria de Silvio de Abreu com colaboração de Daniel Ortiz, direção de núcleo e geral de Jorge Fernando e direção de Ary Coslov, Marcelo Zambelli e Ana Paula Guimarães.
A idade não é empecilho para Charlote II de Alcântara Pereira Barreto (Irene Ravache). Charlô, como prefere ser chamada.
Exímia piloto de carro, moto e avião, também atira como ninguém e pratica aulas de paraquedismo. Se você já está sem ar, imagine quando souber que ela também é adepta de safáris na África, missões antropológicas pelas selvas amazônicas e furtivos casamentos e arrebatadoras aventuras amorosas. Alegre e destemida, só perde o humor quando o primo a chama de Cumbuqueta.
Em retaliação, Otávio II de Alcântara Rodrigues e Silva (Tony Ramos) é logo apelidado de Bimbinho por Charlô. O sexagenário senhor é sisudo, medroso, cheio de manias e hipocondríaco. De hábitos pouco saudáveis, parece até ter alergia a palavra ginástica. Só lhe vemos com disposição quando está a proferir rebuscados e moralistas discursos sobre as maravilhas de ter nascido homem. Poucas mulheres passaram por sua vida, apesar de muitos desconfiarem de que, em suas fugas na calada da noite, realiza encontros amorosos com algumas “rivais”.
Comprovando a teoria de que os opostos se atraem, os dois – acredite se quiser! - tiveram um tórrido romance na adolescência. Chegaram a ficar noivos, mas Charlô II jamais aceitou os mandos do machista Otávio II, que, por sua vez, nunca cederia a uma feminista. O grande amor acabou se transformando em ódio. Separados, mantiveram em comum apenas a paixão pelo golfe e o gosto por apostas.
E se tivessem apostado, jamais imaginariam que uma herança milionária e uma condição surpreendente os uniriam outra vez.
Os dois quase caíram para trás quando o tabelião leu o testamento de Charlô I (Fernanda Montenegro) e Otávio I (Paulo Autran), mortos de infarto duplo numa prolongada noite de amor.
Os tios homônimos deixaram para seus únicos descendentes a mansão onde viviam e a rede de loja Charlô’s, sem direito a negociação de venda fora da família. Os primos, teimosos e irredutíveis, preferiram dividir a mesma casa e a administração das lojas a ter que ceder e vender seus exatos 50% para o outro.
A coincidência assombrou a governanta Olívia (Marilu Bueno).
Ela não acreditou que, depois de anos servindo ao excêntrico casal, que também se odiava e acabou casando, teria agora que dividir-se entre os novos moradores da mansão. Charlô ocupa um lado da casa; Otávio, o outro. A sala principal, onde se encontram pelas manhãs, é vigiada pelos enigmáticos olhares dos tios, imortalizados em grandes quadros sobre a lareira. Olívia, sempre assustada, jura que as imagens mudam de expressão. Será?
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