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CULTURA

Irmãs Cajazeiras voltam de modelito renovado em 'O bem amado'

Figurinista do filme veste beatas de Dias Gomes como 'socialites fashion'. Zezé Polessa, Andrea Beltrão e Drica Moraes são as 'it girls' de Sucupira.

Publicado em 24/07/2010 às 12:28

Do G1

Sarah Jessica Parker, Kristen Stewart e Kate Moss podem até ser as queridinhas do mundo da moda, mas se vivessem em Sucupira, não teriam a menor chance. Na cidade do prefeito Odorico Paraguaçu são as irmãs Cajazeiras que reinam absolutas como "it-girls".

Esqueça o visual sem-graça das beatas da novela "O bem amado", de 1973. Na atual adaptação do texto de Dias Gomes para o cinema, as irmãs foram transformadas em socialites fashion, que tem styling assinado pela figurinista Claudia Kopke.

"O Guel [Arraes, diretor do longa] queria modernizar a imagem das Cajazeiras. Até porque as atrizes escaladas para o filme são mais jovens que as da novela", explica Claudia, que, entre outros trabalhos, desenvolveu os figurinos de "Cazuza - o tempo não para" e "Tropa de elite".

Sucupira Fashion Week

Em "O bem amado", que chegou aos cinemas na última sexta-feira (23), Dorotéia, Dulcinéia e Judicéia Cajazeira são vividas por Zezé Polessa, Andréa Beltrão e Drica Moraes. No folhetim da década de 70, o trio inseparável que vivia em função de bajular o prefeito Odorico era interpretado por Ida Gomes, Dorinha Duval e Dirce Migliaccio.

"No filme elas se comportam como peruas jett-setters que fazem parte da entourage do prefeito. Na cabeça daquelas três malucas Sucupira é a Europa", define a figurinista. "Então o sol pode estar a pino, que elas se permitem usar casacos peles, vestidos longos e rendados, com decotes cheios de plumas".

Segundo Claudia, cada uma das Cajazeiras tem estilo bem definido. Dulcinéia, a mais romântica, teve tons de rosa impressos na maioria das peças. Nas estampas, uma seleção de flores.

Para Judicéia, a mais fogosa, a figurinista elegeu estampa animal como vedete: cobras, oncinhas e zebras estão nos vestidos e forram bolsas e sapatos em combinação. "Também apliquei o conceito de lingerie. Toda peça que ela veste remete a sutiãs, corsets e camisolas".

A mais velha, Dorotéia, é "patriota, cívica". "Ela tem um jeitão quase militar. Veste tailleurs de caimento impecável, com broches que até lembram flâmulas. Dorotéia não tem o menor pudor em usar um conjunto verde e amarelo, por exemplo", detalha Claudia.

Zezé Polessa considera o figurino de sua personagem "contemporâneo". "As roupas se aproximam da mulher de hoje", opina a atriz. "Sei que uma das peças da Doroteia foi inspirada em um desfile recente da Chanel, que trazia camélias aplicadas na roupa".

Confecção própria

Nenhum dos quase 300 looks que compõem o guarda-roupa das Cajazeiras saiu das passarelas. "Fizemos uma pesquisa grande em revistas femininas dos anos 60 para escolher as roupas. E mandamos confeccionar tudo", conta a fugurinista.

Caso do vestido de noiva que a romântica Dulcinéia usa no casamento com Dirceu Borboleta (Mateus Nachtergaele). Com aplicações em renda e em tom salmão, a peça foi desenvolvida pelo estilista Samuel Cirnansck - o eleito de noivas célebres da vida real como Juliana Paes e Giovanna Ewbank.

Outra peça que a figurinista destaca do closet das Cajazeiras é o "maiô de miss" de Judicéia (Drica) - peça que exigiu esforço da equipe de figurinistas para ser localizada.

"Descobrimos que a fábrica da Catalina, a marca preferida do concurso Miss Brasil nos anos 50, ainda estava em atividade", conta. "Moda praia de época sempre é dificílima de se encontrar".

Atrizes também palpitaram nos looks

Não pense que coube apenas à figurinista de "O bem amado" definir o guarda-roupa das personagens. As atrizes também deram seus palpites para formatar o visual das Cajazeiras modernas.

Segundo conta Claúdia, foi de Andréa Beltrão a ideia de que as irmãs usassem perucas. "Ela cismou que sua Cajazeira tinha que ser loira. Então pensei que cada uma deveria ter o cabelo de uma cor: a Judicéia, que é mais apimentada, ficou meio ruiva, e a Dorotéia, mais conservadora, ficou com o cabelo castanho escuro".

Já Zezé Polessa sugeriu um toque de irreverência. "Ela imaginava uma Dorotéia com um bumbum empinado, em saias bem justas. Então providenciamos uma calcinha com um enchimento, que foi adequada a todo o figurino".

Além de dar sugestões, as atrizes também tiveram poder de veto. Caso de Drica. "Ela não se sentia bem com as peças de caimento balonê. Então eliminei", revela Claudia. "Afinal, quem tem que se sentir bem com as roupas para arrasar no filme são as elas".

Imagem

Jornal da Paraíba

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