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CULTURA

Já é São João para Elba

Novo disco, e o 31º da cantora paraibana Elba Ramalho, chega às lojas este mês, com muito xote, xaxado, baião e bumba meu boi.

Publicado em 02/02/2013 às 6:00


É Carnaval, mas o São João já começou, ao menos para Elba Ramalho. Vambora Lá Dançar, o 31º disco da cantora paraibana, chega às lojas este mês via Saladesom Records, fazendo o convite para o arrasta-pé ao som de xote, xaxado, baião e até bumba meu boi.

Vambora Lá Dançar dá sequência à pegada regional que a cantora trouxe no trabalho anterior, Balaio de Amor (2009), mas enquanto aquele era predominantemente acústico, este carrega nos temperos eletrônicos, como o piano Rhodes que, tal qual um Jerry Lee Lewis do Sertão, embala o ‘Embolar na areia’, do alagoano Herbert Azul, faixa que abre o CD.

As guitarras distorcidas – cujo timbre lembra o Robertinho do Recife "das antigas" – também se anunciam na primeira música do disco. Essa combinação trespassa as 14 faixas de um disco que lembra a sonoridade dos primeiros álbuns da cantora, ainda nos anos 1980.

“O nascimento de cada disco vem pelo momento que você tá vivendo. Eu nem sei qual será meu próximo trabalho, mas sei que será uma outra leitura”, comenta Elba Ramalho com o JORNAL DA PARAÍBA, por telefone.

Vambora Lá Dançar começou a ser concebido cerca de três anos atrás, antes mesmo da gravação do Marco Zero – Ao Vivo (lançado em 2010) “Nos trancamos vários dias no estúdio, eu, César (o sanfoneiro Cezinha, ex-namorado da cantora) e Zé Américo (arranjador e programador) e gravamos algumas coisas, procurando reinventar o forró, se é que é possível reinventar o forró”, pondera a cantora.

É dessa safra, por exemplo, as três releituras que estão no CD: ‘Quando fecho os olhos’ (Chico César/ Carlos Rennó), ‘Onde Deus possa me ouvir’ (Vander Lee) e 'Mucuripe' (Fagner/Belchior).

As duas primeiras foram regravadas por Gal Costa em um mesmo disco, Gal Bossa Tropical, de 2002. “Eu só soube que a Gal tinha gravado essa música de Chico César depois que eu li numa crítica (ao novo disco de Elba)”, revela. “É uma música linda, como tudo que Chico compõe, e é uma música que me tocou bastante, porque a música tem que ocupar um espaço dentro das nossas emoções para poder funcionar”.

‘Mucuripe’, lançada por Elis Regina em 1972, um ano antes de seu co-autor, Fagner, registrá-la em disco, foi uma canção que Elba defendeu em um Som Brasil, da Globo, dedicada ao Nordeste. “Eu nem iria colocá-la no disco, porque foi uma coisa para o especial mesmo”, confessa a cantora. “Mas os fãs pediram pela internet, o pessoal gostou, então resolvi incluí-la”.

GERAÇÕES
Novamente, Elba escolhe um time eclético para gravar, de jovens talentos a veteranos, recorrentes em sua discografia, como Antônio Barros e Cecéu (‘Deitar e rolar’ e ‘Tu de lá, eu de cá’) e Nando Cordel (‘Na rede’).

Também há canções de Monique Kessous (‘Frevo meio envergonhado’), Chico Pessoa (‘Por que tem que ser assim’, parceria com Cezinha) e do pernambucano Petrúcio Amorim (‘Não chora, não chora não’),
“Há uns três anos, o Antônio Barros me mandou umas músicas inéditas e eu escolhi essas duas aí. Afinal, não dá para desprezar duas músicas inéditas de Antônio Barros e Cecéu, uma das duplas mais talentosas do Brasil”, elogia Elba.

Também não falta Dominguinhos. Do fundo do baú, ela escolheu gravar ‘Minha vida é te amar’, dele com Nando Cordel. “Eu acho que eu canto bem Dominguinhos, eu me identifico com ele. Tudo que ele faz, tudo que ele compõe, tem um pouco de mim. E tudo que eu canto, tem um pouco dele”, comenta Elba.

PROJETO
Como tinha confessado ao JP em 2009, Elba continua com planos de gravar um disco só com músicas de Chico Buarque. Foi através da obra do compositor carioca que ela se lançou na carreira. “É uma coisa de admiração”, confessa. “Chico Buarque é um gênio e é um desafio tocar a obra dele, mas eu gosto de me impor desafios, de me autodesafiar”.

O projeto, diz ela, ainda está muito no campo das ideias. “O meu filho, Luan, acabou de se formar em música e em breve eu vou fazer uma reforma no estúdio da minha casa (no Rio). Então quem sabe, lá para o segundo semestre, eu e Luan, a gente entra no estúdio e brinca um pouco com essa ideia”.

MURIÇOCAS
Elba volta a João Pessoa na próxima semana para puxar um dos trios do bloco Muriçocas do Miramar, na Quarta-feira de Fogo.

Do forró, ela cai no frevo e na axé music. “Eu já tenho a experiência de puxar, todos os anos, o Galo da Madrugada (em Recife). Já puxei até o Trio 2222 (em Salvador)”, informa.

Nesse repertório, ela promete misturar de tudo um pouco, embalando o bloco com muitos clássicos do cancioneiro nordestino. “Vou fazer por aí o que eu costumo fazer no Galo da Madrugada, com a diferença que aí, vou colocar as coisas da Bahia, que eu sei que o povo de João Pessoa gosta”.

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Jornal da Paraíba

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