CULTURA
Jessier Quirino entra em curta temporada no Paulo Pontes a partir desta sexta
De hoje a domingo, o poeta Jessier Quirino apresenta seu novo espetáculo, 'Solto na Buraqueira'.
Publicado em 26/02/2016 às 8:00
Ter liberdade e rigidez apenas na parte musical é o lema do novo espetáculo apresentado pelo poeta Jessier Quirino, que volta ao palco do Teatro Paulo Pontes do Espaço Cultural José Lins do Rego, em João Pessoa, para apresentar o Solto na Buraqueira.
O recital começa nesta sexta-feira e permanecerá em cartaz no local até o domingo, sempre às 20h30. Os ingressos custam R$ 70,00 (inteira) e R$ 35,00 (meia), podendo ser adquiridos nas lojas Maria Flor (MAG Shopping) e Happy Gift (Manaíra Shopping).
“Na realidade, temos uma meta”, aponta o paraibano. “Uma espinha dorsal que vamos flutuando entre ela porque meu trabalho é lento por termos muito material”.
Entre poemas líricos, “bate-papos quase que didáticos”, ‘causos’ e ‘invencionices’ extraídos da cultura popular, os músicos Roberto Muniz e Arnaud Costa irão se juntar ao artista na buraqueira com um cenário que leva a assinatura de Shiko. Os personagens retratados pelo quadrinista e grafiteiro também servem de base para Jessier apresentar alguns dos seus ‘causos’ ao longo do espetáculo.
“Não são bem novidades. São coisas que vamos reciclando e que nunca mais trabalhou”, explica Quirino. “Algumas histórias que o público pede permanecem”.
Nessa oxigenação onde o poeta perambula pela extensa espinha dorsal, haverá espaço para novidades. “A cada temporada estamos tentando nos adaptar com a realidade. Por exemplo, como esse ano é ano de eleição, haverá histórias políticas oportunas para serem alfinetadas”.
Na definição de Jessier, esse “tobogã” remete ao batismo da apresentação e famosa expressão popular, Solto na Buraqueira. “Ela já remete ao desgarrado e também ao anárquico, mas tudo com liberdade”.
RÁDIO ‘MUNGUNZÁ’
Uma das fontes para o tubo de ensaio do recital é a inspiração de Jessier nos bem humorados programas radiofônicos matutos, que fica dialogando com o ouvinte.
“Nesse tipo de programa – já que sou um observador ferrenho – percebia que as propagandas ‘de boca’ eram mais apreciadas que a própria música”, analisa.
Assim, o poeta criou para Solto na Buraqueira o A Hora do Mungunzá, onde ele vai “lascar” um repertório de propagandas antigas e também novas de autoria do próprio. “Vou procurar manter a agilidade do locutor”, destaca.
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