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CULTURA

João Pessoa sem Mimo

Cidade fica fora do circuito, que completa 10 anos.

Publicado em 31/05/2013 às 8:00 | Atualizado em 13/04/2023 às 18:08

Este será um ano especial para a Mimo. Surgida há 10 anos em Pernambuco, sob o título Mostra Internacional de Música de Olinda, a Mimo se tornou um dos mais importantes eventos de música instrumental do país, com programação completamente gratuita. Cresceu, se ramificou e a partir de agora passa a ser denominado como um movimento, que além de festivais em várias cidades, passa a contar com diversas ações ao longo do ano.

João Pessoa, que passou a receber uma parte da programação a partir de 2009, este ano está fora do circuito. Em entrevista à reportagem, a idealizadora e produtora executiva da Mimo, Lú Araújo, explicou que se trata de um reposicionamento do festival.

“Foi de uma vontade de dar uma redirecionada ao festival mesmo”, explica. “Este ano começaremos em Paraty (RJ) e cuidar de cinco praças ficaria inviável, com tantos concertos para administrar”, acrescenta, informando que além de João Pessoa, Recife também saiu do roteiro.

Portanto, sobrou Paraty (de 23 a 25 de agosto), que estreia no circuito, Ouro Preto (de 29 de agosto a 1º de setembro), que recebe o evento pelo segundo ano, e Olinda (de 2 a 8 de setembro), a casa do festival.

Araújo revela que chegou a ser procurada pelo atual diretor executivo da Funjope, Maurício Burity, para amarrar a parceria.

Mas admite que a falta de um diálogo melhor com a prefeitura nos últimos dois anos, além de uma presença maior dos patrocinadores locais, minou a disposição do festival em se instalar na Paraíba.

“Mas eu não considero isso uma decisão permanente, que (o Mimo) não voltará a acontecer em João Pessoa um dia”, acrescenta a produtora. “O público de João Pessoa é incrível. No ano passado, eu fiquei muito emocionada ao ver o teatro Santa Roza lotado para ver o Richard Bona”.

Em quatro anos, a Mimo trouxe a João Pessoa grandes nomes do jazz, da música erudita e da world music. Entre eles, Didier Lockwood, Duofel, a harpista Cristina Braga (acompanhada por Dado Villa-Lobos), Egberto Gismonti e Richard Bona, com o francês Sylvain Luc e o brasileiro Marcos Suzano, entre outros.

Além de apresentarem concertos gratuitos em igrejas e teatro da capital, eles ministraram aulas de música na UFPB.

MOVIMENTO MIMO
Dez anos, meio-milhão de espectadores, 200 concertos e 90 filmes depois, o Mimo se reinventa, ainda dentro da proposta de consolidar a união do patrimônio das cidades históricas com o mundo diversificado da música, sobretudo instrumental, do erudito ao jazz, passando pela world music, além da aproximação com o cinema e a educação.

Com o reforço dos empresários Luiz Calainho (responsável pelo badalado ArtRio) e Fernanda Cortez, Lú Araújo transformou a Mimo no Movimento Mimo, que além dos concertos – que continuarão a ser gratuitos – atuará com mais intensidade na internet.

Uma das novidades será o Portal Mimo (www.mimo.art.br), que deverá entrar no ar em breve com conteúdos sobre música, patrimônio histórico e cinema, além de uma webradio, com cinco canais, sob a curadoria de Lú Araújo.

Também estão previstas exposição fotográfica, ciclo de palestras e programas educativos em diversas cidades brasileiras – não só nas que recebem o festival, mas também São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, além de diversos aplicativos.

ATRAÇÕES
As duas primeiras atrações do Mimo 2013 foram conhecidas esta semana. Lú Araújo confirmou a participação do grande Herbie Hancock, um dos grandes nomes do jazz na atualidade, para a abertura do festival em Paraty, no dia 23 de agosto, na praça da cidade, com acesso gratuito. Ele faz, lá, a segunda de suas três datas no Brasil, que incluem São Paulo (22) e Rio de Janeiro (24).

Outro nome confirmado na programação, desta vez em Pernambuco, é Nelson Freire, talvez o mais importante pianista erudito do país, que volta à programação de Olinda para abrir a programação de concertos, no dia 5 de setembro. Coube a ele inaugurar a programação do Mimo em Olinda, há dez anos. Nas três cidades, a edição 2013 do festival terá um total de 37 concertos.

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Jornal da Paraíba

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