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CULTURA

Jornalista Phelipe Caldas lança 'O menino que queria jogar futebol'

Livro conta história real de menino apaixonado por futebol, que teve sua vida suspensa por um fio por uma doença grave.

Publicado em 05/12/2018 às 7:00 | Atualizado em 05/12/2018 às 17:30


                                        
                                            Jornalista Phelipe Caldas lança 'O menino que queria jogar futebol'

				
					Jornalista Phelipe Caldas lança 'O menino que queria jogar futebol'
Livro vai ser lançado no Celeiro Criativo nesta quarta-feira.

Um livro sobre… o quê mesmo? Nem o próprio autor sabe responder essa pergunta. “Eu simplesmente não teria a menor ideia de como fazer isso de forma adequada”, diz o jornalista e escritor Phelipe Caldas sobre ‘O menino que queria jogar futebol’, seu terceiro livro que vai ser lançado nesta quarta-feira (5) no Celeiro Criativo, em João Pessoa, a partir das 18h.

A dúvida de Phelipe tem justificativa: como ele mesmo reconhece, a obra poderia facilmente ser classificada como um livro sobre futebol, sobre a paixão de um menino pelo futebol, sobre medicina, sobre religião, fé e milagres… A lista não termina. Tudo na mesma história: uma criança apaixonado por futebol, mas que teve sua vida suspensa por um fio quando foi diagnosticado com uma doença grave. Uma história real que aconteceu nos últimos meses de 2013.

O Jornal da Paraíba teve acesso em primeira mão à apresentação da obra, onde Phelipe Caldas se faz o questionamento sobre o tema do livro - e que segue abaixo na íntegra. Nele, o autor diz que, na verdade, “talvez, seja sobre tudo isso o livro, sem no entanto pretender esgotar as possibilidades que cada um desses temas citados – e eventualmente não citados – possa oferecer”.

O livro reportagem foi escrito com base em mais de 50 horas de conversas e gravações com os diversos personagens da história. “Com suas descrições e lembranças me ajudaram a resgatar em detalhes fatos ocorridos cinco anos atrás”, descreve Phelipe.

Um dos ouvidos, claro, é o protagonista, Gabriel, com quem Phelipe conta ter tido bons momentos conversando sobre futebol, mas que tem poucas lembranças da batalha que enfrentou. “Quando ele se sentir bem, se sentir pronto, seguro, o livro estará lhe esperando. Foi produzido com o maior cuidado possível para ser o mais próximo da realidade e servir de guia para que ele possa entender melhor tudo o que viveu, enfrentou e venceu bravamente”, relata o autor.

Depois de lançado em João Pessoa, o livro vai ser vendido para todo o Brasil numa plataforma desenvolvida especialmente para esse fim.

Confira a íntegra da apresentação de ‘O menino que queria jogar futebol’

'Se coubesse a mim mesmo a missão de classificar este livro para colocá-lo na estante correta de uma biblioteca imaginária, eu simplesmente não teria a menor ideia de como fazer isso de forma adequada. Porque, afinal de contas, é sobre o que mesmo este livro?

Seria sobre futebol? Sobre a paixão arrebatadora de um menino pelo jogo de bola? E sobre como esse esporte tem o poder de salvar vidas, alterar destinos, definir futuros?

Seria sobre medicina? Sobre os avanços e os limites de uma ciência que dia após dia revoluciona a vida em sociedade? Mas que, ao mesmo tempo, vez ou outra ainda se depara com acontecimentos inexplicáveis?

Seria sobre religião? Sobre a fé inabalável de pais que veem o filho no leito de morte, desenganado pelos médicos, e que ainda assim seguem firmes acreditando na providência de Deus? Sobre situações-limite em que apenas o milagre sobra como explicação possível para o inexplicável?

Não sei. Talvez, seja sobre tudo isso o livro, sem no entanto pretender esgotar as possibilidades que cada um desses temas citados – e eventualmente não citados – possa oferecer.    

O que se pode antecipar, contudo, é que se trata da história de Gabriel, um atleta de futsal completamente apaixonado pelo Fluminense e pelo Botafogo da Paraíba, no auge da sua empolgação boleira, que de repente viu todos os seus sonhos infantis suspensos por causa de um tumor maligno no cérebro. Um tumor, aliás, que desencadearia uma enormidade de complicações e que colocaria o menino no limiar entre a vida e a morte.

A partir daí, Gabriel é dado como morto, mas sobrevive. É classificado como um paciente em estado de coma quase irreversível, mas volta à consciência. Preparado para uma vida vegetativa, mas desperta. Tratado como alguém que nunca mais andaria, mas um dia se levanta e caminha. Condenado a nunca mais jogar bola, mas hoje joga.

Viveu-se, logo, uma impressionante sequência de quebras de protocolos e prognósticos, uma enorme quantidade de acontecimentos inexplicáveis, uma intensa carga de emoções que mudariam para sempre a vida de muitas das pessoas que se envolveram no caso.

Para falar a verdade, eu não entendo muito de Deus. Entendo menos ainda de medicina. Não saberia dizer quando termina um e quando começa outro. Não saberia atestar em que medida vai a responsabilidade de um e de outro na cura do menino.

Mas é justo esse mistério que torna toda a história mais forte, mais fantástica, mais emocionante, mais incrível também. Mais prazerosa de ser lida e ser conhecida.

De minha parte, registro que fui extremamente afetado por ela. Porque eu sou amigo de infância de Kiko e Yanna (os pais do menino), praticamente vi Gabriel nascer, tive desde o início um carinho muito grande por ele.

E, a meu modo e sob meu ponto de vista, participei de todo aquele drama, na condição de amigo que sofreu, chorou e se angustiou nos momentos de maiores dores.

De forma que me debruçar a fundo no caso e descobrir que a realidade foi ainda mais dura, mais forte e mais espetacular do que eu imaginara à época foi algo que definitivamente mexeu comigo, para o bem e para o mal.

Ainda assim, não teve um dia sequer ao longo de todo o processo em que eu não agradeci pelo telefonema que recebi de Kiko lá pelo final de 2017:

– E aí, Phelipão, o que tu achas de escrever um livro sobre a história de Gabriel?

Opa! Como não?

Na condição de jornalista e de escritor, desde muito tempo eu já sabia que era daquelas histórias que renderiam um livro dos mais impactantes. E se nunca antes eu tinha sugerido a ideia, é porque não sabia se a família de Gabriel estava disposta a tornar público tudo o que vivera.

Pois, agora, é com o aval deles que eu lhe convido para as próximas páginas. Uma excelente leitura...'

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Aline Oliveira

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