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CULTURA

José Rufino abre exposição nesta quinta

José Rufino enraíza a exposição 'Divortium Aquarum' em João Pessoa para mostrar sua visão poética.

Publicado em 08/09/2011 às 6:30

Audaci Junior

Entre o final do Século 19 e início do 20, a avenida Juarez Távora, local onde se encontra a Usina Cultural Energisa, era completamente diferente do que se observa nos dias de hoje: havia um antigo cruzamento das estradas de Tambaú e Bessa, chamado de Cruz do Peixe. Cortava também o Rio da Bomba com seus barcos e, posteriormente, os trilhos de bonde da cidade.

O lugar também fez parte das lembranças do artista plástico José Rufino, que nesta quinta-feira (8) está abrindo a exposição Divortium Aquarum. “É um mergulho no local onde a obra se desenvolve, que estava na minha memória”, define por telefone ao JORNAL DA PARAÍBA o paraibano. “Não é uma descrição da história, mas sim uma visão poética disso.”

Segundo o texto do curador Fernando Cocchiarale, sua obra precisa ser experimentada, “não podem ser explicadas somente por meio da palavra.”

Com uma pesquisa de dois meses, Rufino fez uma investigação histórica minuciosa, com direito a entrevistar pescadores de lugares como o Porto de João Tota, Costinha e Jacaré, todos interligados pelos afluentes da memória.

"Isto significa usar mecanismos de levantamento de dados, cruzamentos de informações, de impressões e de relações improváveis, para trazer à tona a atmosfera daquele antigo entreposto de peixes e cruzamento de linhas de bonde."

A instalação apresenta sete barcos, um tronco de um antigo trapiche, incrustado de ostras e cracas, e uma réplica do corpo do artista, segurando dois cachos de garrafas e garrafões de vidro, contendo fragmentos de desenhos impermeabilizados e águas coletadas no rio Paraíba e alguns de seus afluentes.
“De olhos fechados, este autorretrato sobre o tronco, voltado para os barcos à sua frente, terá função de 'guia' dos barcos.”

RÉQUIEM DA CIDADE

Além da poesia na exposição, Divortium Aquarum se volta também ao alerta destrutivo da memória. “É uma espécie de réquiem da cidade”, aponta Rufino. “Rios como o Jaguaribe e o próprio Rio da Bomba estão praticamente mortos. As pessoas confundem 'desenvolvimento' com 'apagamento'”.

Inaugurando a programação do Prêmio Energisa Artes Visuais na qualidade de artista convidado, Rufino antecede as exposições coletivas dos artistas selecionados do prêmio.
A mostra também fará parte da programação oficial do 5˚Cineport, que será realizado de 19 a 25 de setembro.

Imagem

Jornal da Paraíba

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