CULTURA
‘Lado a Lado’ vai mostrar a luta e os amores de duas heroínas
‘Lado a Lado’ é uma novela que fala de amizade, amor e liberdade e conta a luta de duas jovens mulheres à frente de seu tempo.
Publicado em 09/09/2012 às 8:00
Um novo tempo começa no Rio de Janeiro. Início do século 20 e a cidade respira as influências vindas da Europa. Época de transformações embaladas pelo charme da Belle Époque: as grandes confeitarias, os cafés e o nascimento de uma nova era de modernidade - em que as mulheres começam a lutar por liberdade individual e, os afrodescendentes, a criar o samba e, em torno dele, toda uma nova cultura.
De um lado, o luxo, o poder, a exuberância e a riqueza dos grandes casarões aristocráticos. De outro, um mundo à parte: o nascimento da primeira favela no Rio de Janeiro e a luta pela dignidade. E, lado a lado, pessoas que se unem em torno de um mesmo sonho: liberdade.
‘Lado a Lado’ é uma novela que fala de amizade, amor e liberdade e conta a luta de duas jovens mulheres à frente de seu tempo por sua independência e a conquista de seus sonhos. Isabel e Laura estão na mesma igreja. Isabel, iluminada pela paixão, está à espera de seu grande amor. Já para Laura, viver ao lado de Edgar (Thiago Fragoso) é uma imensa dúvida.
Romances principais
Isabel (Camila Pitanga) – Uma mulher batalhadora, que sonha com o amor e com a liberdade. Trabalha desde os 14 anos na casa de Madame Besançon (Beatriz Segall) e mora no cortiço com o pai, Seu Afonso (Milton Gonçalves). Isabel é uma mulher à frente do seu tempo.
Zé Maria (Lázaro Ramos) – Homem simples, trabalha na barbearia com Seu Afonso (Milton Gonçalves). Por sua habilidade ganhou o apelido de Zé Navalha. Capoeirista, Zé se envolverá em algumas confusões. Apesar do amor por Isabel, os dois enfrentarão muitos desafios.
Laura (Marjorie Estiano) – Uma jovem apaixonada pelos livros e pelas artes. Filha de Constância (Patrícia Pillar), não aceita o jeito reacionário da mãe e quer ser independente e trabalhar, algo impensável para uma mulher de sua classe social na época.
Edgar (Thiago Fragoso) – Filho de família rica, foi estudar Direito em Portugal. Na volta ao Brasil, vai ajudar seu pai, o Senador Bonifácio (Cassio Gabus Mendes), em seus negócios. Mas sua grande paixão sempre foi o jornalismo. Um jovem preocupado com as injustiças sociais.
Família Assunção
Constância (Patrícia Pillar) – Mesmo sem poder ostentar o título de baronesa, ela não perde a pose. Uma mulher que vive para sua família e não poupa esforços para protegê-la, mesmo que isso possa prejudicar outras pessoas. Está sempre em conflitos com a filha Laura (Marjorie Estiano) e lutará para que o marido tenha prestígio na carreira política. É a grande vilã da história, embora acredite que tudo o que faça seja pelo bem de Assunção (Werner Schünemann), Laura e Albertinho (Rafael Cardoso).
Dr. Assunção (Werner Schünemann) – Casado com Constância (Patrícia Pillar), é pai de Laura (Marjorie Estiano) e Albertinho (Rafael Cardoso). Barão do café no século anterior, entrou em decadência financeira com a Abolição e perdeu prestígio com a República. Instruído por Constância, faz de tudo para que a família recupere sua importância neste novo tempo.
Albertinho (Rafael Cardoso) – Irmão de Laura (Marjorie Estiano). É o típico playboy, sedutor, que não quer saber de trabalho e compromissos. Além de mulheres, ele vai gostar mesmo é de praticar um novo esporte recém-chegado no país, o futebol. Vai se apaixonar por Isabel (Camila Pitanga).
ENTREVISTA
Da Redação
Dennis Carvalho começou sua carreira como ator, ainda criança, em 1964. Sua estreia foi na TV Paulista, na novela Oliver Twist. Dez anos depois – e com passagens pelo teatro e por dublagens – foi indicado ao prêmio de melhor ator pela Associação Paulista de Críticos de Televisão, com Ídolos de Pano, quando interpretou o primeiro vilão de sua carreira. Em seguida, Dennis entrou para a TV Globo.
Dennis Carvalho dirigiu mais de 15 novelas, entre elas ‘Selva de Pedra’ e ‘Vale Tudo’. Em 95, dirigiu a primeira novela feita no Projac, na Central Globo de Produções, ‘Explode Coração’, de Glória Perez. Dirigiu programas, como ‘Sai de Baixo’ e minisséries, entre elas ‘A, E, I, O, Urca’, ‘Sex Appeal’, e “Dalva e Herivelto, uma canção de amor”.
JP - O que o público pode esperar?
DC - ‘Lado a Lado’ é uma linda história de amizade entre duas mulheres que vieram de mundos diferentes e que tem o mesmo desejo: liberdade. É, também, uma história de amor, de lutas e conquistas. Vai mostrar a transformação do Rio de Janeiro no início do século XX, o charme da Belle Époque, do nascimento do samba, da chegada do futebol no país. Todos os acontecimentos históricos serão mostrados dentro dos conflitos dos personagens, de uma maneira bem folhetinesca mesmo.
JP - Dirigir uma novela de época requer mais cuidados?
DC - Não podemos nos esquecer que estamos retratando uma época que não vivemos. Todas as referências que temos daquele período são fotográficas. É preciso muita pesquisa, requer uma atenção aos pequenos detalhes.
JP - Lázaro Ramos e Camila Pitanga são novamente dirigidos por você como casal protagonista da novela. Como é trabalhar com os dois?
DC - É um grande prazer trabalhar com profissionais como Lázaro e Camila. São dedicados, competentes, se entregam de alma aos personagens.
JP - Como foi a escolha do elenco?
DC - Foi um trabalho em conjunto com os autores, com o Gilberto - que está supervisionando a trama - e com o Vinícius Coimbra, diretor geral da novela. Sugiro muitos nomes de pessoas com quem já trabalhei e que sei que serão perfeitas para aquele papel.
JP - Por que a escolha de Patrícia Pillar para viver a vilã Constância?
DC - Porque Patrícia é uma atriz brilhante e dará à Constância o tom necessário da vilania. Sua beleza e seu ar angelical farão um contraponto à suas atitudes.
JP - Você participou da seleção da trilha sonora da novela?
DC - Sim, juntamente com João Ximenes Braga e Claudia Lage. ‘Lado a Lado’ é uma novela de época, mas com uma linguagem contemporânea. Vocês podem esperar uma trilha moderna, com ritmos que vão do samba ao hip hop.
JP - Você convidou Walter Carvalho para ser o diretor de fotografia da novela. O que pretendia com isso?
DC - Dar um novo olhar à fotografia da novela, que se passa numa época de pouca luz. Com a visão do Walter conseguimos tirar a dureza e a aspereza das imagens. Ninguém melhor do que ele – com a experiência que ele traz do cinema – para iniciar este trabalho.
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