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CULTURA

Lançada nova biografia de Tarsila do Amaral

Tarsila – Os Melhores Ano é escrito pela historiadora Maria Alice Milliet.

Publicado em 25/12/2011 às 8:00


Ela era a "cabrita selvagem", que corria entre cactos e pedras na fazenda dos pais no interior paulista. Depois, sofreu uma "metamorfose" e passou a "brilhar nos salões parisienses".

Vestida pelos melhores costureiros, causava "frisson" nas rodas da "fina flor da intelectualidade".

É uma Tarsila do Amaral ambiciosa, forte e sedutora que emerge das páginas de sua nova biografia (Tarsila – Os Melhores Anos, Editora M10, 276 págs., R$ 300), livro lançado na semana passada que narra os chamados melhores anos de sua vida -a década de 1920, em que viveu entre uma São Paulo que se modernizava e uma Paris tomada pelas vanguardas estéticas.

Filha de fazendeiros abastados, nascida no fim do século 19 e morta em 1973, a artista que virou ícone do modernismo brasileiro, com telas como ‘Abaporu’ e ‘Antropofagia’, já foi alvo de amplos estudos, mas é a primeira vez que uma obra centra esforços em destrinchar a "aura" de Tarsila do Amaral.

Esse culto à personalidade começa já na capa do volume escrito pela historiadora Maria Alice Milliet. No lugar de um quadro icônico, está lá a fotografia do rosto da artista. "Ela usava esse coque, o cabelo muito esticado, preso atrás, com grandes brincos. A sobrancelha é muito delineada, afinada, e a boca é quase um coração", descreve Milliet. "Essa é a estética das mulheres famosas da época, ela cria um figurino."

E o figurino se estende aos autorretratos que ela fez. Seguindo conselhos do poeta Blaise Cendrars, amigo que levou a artista ao seio da sociedade intelectual de Paris, Tarsila construiu uma imagem perfeita para atrelar à sua obra e se firmar no meio. "É uma coisa moderna essa ideia de ter uma imagem acoplada ao que você faz, seus autorretratos eram rótulos, ícones, quase cartazes", afirma Milliet. "Ela usou isso como veículo de uma grife."

Numa dessas telas, aliás, Tarsila se retrata com um vestido vermelho desenhado por Jean Patou, o queridinho das expatriadas em Paris - ela usou a peça num jantar em homenagem a Santos Dumont.

Cena internacional
Tarsila já nos primeiros anos de carreira tinha plena consciência do estrondo que sua obra viria a causar e usava isso a seu favor. Sabia também vender a grife que encarnava, chamando amigos como Picasso, Léger e Brancusi para feijoadas e caipirinhas em seu endereço parisiense.

No novo livro, essas relações têm peso estratégico, já que a missão declarada da obra é alavancar Tarsila para o plano internacional em tempos de explosão da arte brasileira no exterior.

Milliet, que escreveu o livro por encomenda de herdeiros da artista, compara Tarsila à diva inconteste da arte mexicana Frida Kahlo e gasta fartas páginas estreitando os laços dela com colegas europeus, do naf Henri Rousseau ao cubista Fernand Léger e cartazistas soviéticos.

"Está na hora de fazer um aprofundamento das relações internacionais de Tarsila", diz Milliet, que pretende traduzir o livro para o inglês. "Ela tem gabarito para estar na cena internacional.

A Frida Kahlo só tem o nome que tem por causa de um esquema de marketing brutal."

Nessa mesma pegada, herdeiros de Tarsila também querem aproveitar a Copa e a Olimpíada que estão por vir no Brasil para organizar mostras da artista para o público internacional, que deve abarrotar museus do país. (Da Folhapress)

Imagem

Jornal da Paraíba

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