CULTURA
Livro de Fernando Morais vira filme
'Corações Sujos' do escritor Fernando Morais é adaptado para o cinema e tem estréia prevista para o 1º semestre de 2012.
Publicado em 23/11/2011 às 6:30
Em passagem pelo Nordeste, onde participou de dois eventos literários na última semana: o Festival Literário Internacional de Pernambuco (Fliporto) e a Festa Literária de Pipa (Flipipa), o jornalista e escritor Fernando Morais anunciou que dois dos seus livros de maior sucesso nas prateleiras estão prestes a fazer carreira também nos cinemas.
Segundo Morais, a adaptação cinematográfica de Corações Sujos, título que lhe rendeu o Jabuti de melhor livro de não ficção do ano de 2001, já está pronta e foi bastante elogiada em sua estreia na abertura do Festival de Paulínia (SP), no último mês de julho.
"Minha participação na produção só se deu na leitura do roteiro, para ver se havia alguma imprecisão histórica", contou Morais.
"Fiquei muito satisfeito com o resultado e surpreso com a criação de uma personagem que, originalmente, não estava no livro."
Dirigido por Vicente Amorim (O Caminho das Nuvens), Corações Sujos (Brasil, 2011) tem estreia comercial prevista para o primeiro semestre de 2012.
O longa-metragem narra a história da Shindô Remmei, uma liga de imigrantes nipônicos que perseguia, em São Paulo, japoneses que acreditavam na derrota do país de origem na Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
"O diretor trouxe todo o elenco do Japão. Alguns já fizeram aparições em filmes famosos, como Kill Bill e Cartas de Iwo Jima", lembrou Fernando Morais, citando os sucessos recentes de Tarantino e Clint Eastwood, respectivamente.
Morais também revelou que Na Toca dos Leões, obra de 2005 em que revela os bastidores do sequestro do publicitário Washington Olivetto, também despertou o interesse dos cineastas.
Os direitos da história foram adquiridos por um nome de peso: Fernando Meirelles (Cidade de Deus e Ensaio Sobre a Cegueira). A possível realização, porém, ainda não foi roteirizada, nem teve seu casting definido.
"Gosto de ver minhas histórias na tela: gosto até de Olga (2004), que foi bastante injustiçado pela crítica", desabafa o escritor mineiro.
Comentários