Luiza Possi, Jorge e Mateus e bandas da PB animam a Capital

Karoline Zilah

A sexta-feira está repleta de atrações culturais em João Pessoa. Além do show gratuito de Luiza Possi no Ponto de Cem Réis, ainda tem Circuito Cultural das Praças, com shows por toda a cidade, e apresentações da banda Travolta, da cantora Iza e da banda Moby Dick. Veja a programação completa na Agenda Cultural.

Luiza Possi no Som das Seis
Tiago Germano
Do Jornal da Paraíba

Luiza Possi teve a escolta de grandes nomes da MPB para fazer seu disco mais autoral: Bons Ventos Sempre Chegam (LGK Music, 2009), quinto da carreira. É na terra de um deles, Chico César, que a intérprete se apresenta nesta sexta-feira (10), às 18h, num show gratuito no Ponto de Cem Réis.

O artista paraibano colaborou no disco, que tem cinco das 13 canções assinadas pela própria Luiza, com “Vou Adiante”, versão de “Plus Vivant”, de um dos grandes nomes do afrobeat contemporâneo: Lokua Kanza.

“Chico César sempre surgiu em minha vida em momentos muito importantes, sempre com a música perfeita que traduzia aquele momento”, diz Luiza, que vem pela segunda vez à Paraíba (a primeira foi em 2008, quando lançou seu primeiro DVD no Jacaré Pop).

Além das canções de Luiza, frutos de uma parceria com o pernambucano Dudu Falcão, o álbum que será apresentado em João Pessoa tem inéditas do também vizinho Lula Queiroga e de Samuel Rosa, do Skank. À frente da produção, um nome que, como o de Possi, carrega a música em seu DNA: Max Viana, filho de Djavan. “Não sei quanto ao Max, mas a referência da minha mãe sempre foi bem-vinda e nunca chegou a me incomodar. Sou um produto dela, na verdade, seria uma audácia me incomodar com isso”, afirma Luiza.

Tanto é assim que uma das faixas deste CD, “Minhã mãe”, é uma clara homenagem a Zizi Possi, e aposta numa pegada de ciranda e samba de roda. “A parceria com Dudu Falcão, que é um grande poeta e uma grande cabeça da música brasileira, trouxe influências desses ritmos que eu adoro, como o maracatu”, explica.

José Possi Neto, seu tio, nome familiar também a estas páginas (dirigiu Usufruto, peça de Lúcia Veríssimo que esteve em cartaz ontem, no Teatro Paulo Pontes) foi quem assinou a direção do show de estreia da turnê, que vem com algumas modificações.“No primeiro show, eu ‘voava’ no palco. Infelizmente, fomos tendo que adaptar a apresentação às circunstâncias de cada viagem”. Os voos de Luiza que teremos a oportunidade de presenciar serão ao piano e ao violão, instrumentos que ela estuda desde a infância e que se aventura em algumas passagens do show.

Para 2011, novos saltos: está previsto o lançamento do segundo DVD que, segundo ela, terá repertório novo e, possivelmente, tão autoral quanto o de Bons Ventos... “DVD pra mim é como casamento: sempre tem que ser inédito”, brinca a cantora.

Domus aposta em dupla famosa por “micaretas sertanejas”

Jorge e Mateus, atrações da Domus Hall hoje, às 22h, em show que terá abertura da dupla paraibana Paulo Sérgio e Daniel, são os novos ícones do autoproclamado “sertanejo universitário”.

O subgênero, que virou moda no país, trouxe uma polêmica que também pode ser transportada para outros círculos, como o do forró: se há um sertanejo “universitário”, o velho sertanejo que conhecemos seria o sertanejo “iletrado”?

À margem da polêmica, Jorge, que por pouco não se formou em direito, e Mateus, que cursou três anos de economia, tentam renovar o toque do berrante com contornos de todas as searas da música pop: para se ter uma ideia, os dois jovens se vangloriam de serem os primeiros sertanejos que tocaram em trios elétricos.

Uma de suas “micaretas sertanejas” mais famosas foi na Festa do Peão de Barretos, em 2008, quando 15 mil pessoas acompanharam a dupla ao longo do parque em que a festa foi realizada, no interior paulista.

Quem quiser ver a performance de Jorge e Mateus irá desembolsar de R$ 40 (valor da meia entrada para a pista individual) e R$ 160 (no lounge). (Tiago Germano)