CULTURA
Mais do mesmo de Tarantino; veja trailer
Com cinco indicações ao Oscar, incluindo Melhor Filme, Diretor e Roteiro Adaptado, 'Django Livre' estreia nesta sexta-feira (1) em João Pessoa.
Publicado em 01/02/2013 às 7:00
Depois de um atraso de duas semanas da estreia nacional, finalmente chega aos cinemas de João Pessoa o novo filme de Quentin Tarantino, Django Livre (Django Unchained, EUA, 2012).
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Com cinco indicações ao Oscar 2013, incluindo Melhor Filme, Diretor e Roteiro Adaptado, o longa-metragem é uma homenagem do cineasta norte-americano aos faroestes, principalmente o subgênero dos anos 1960 e 70 chamado 'spaghetti', produções realizadas por diretores italianos como Sergio Leone e Sergio Corbucci, este último realizador de Django (1966), a principal inspiração de Tarantino.
Na trama, o protagonista vivido por Jamie Foxx (Ray) é libertado por um caçador de recompensas (o ótimo Christoph Waltz, indicado como Ator Coadjuvante) para que ele indique assassinos procurados que só ele pode reconhecer.
Aprendendo o ofício, Django vai viajar ao Sul dos Estados Unidos para libertar a sua esposa (Kerry Washington), que se encontra nas mãos de um sanguinário fazendeiro (Leonardo DiCaprio).
Sem ter o frescor dos diálogos inteligentes de filmes como Pulp Fiction (1994) e do irregular Bastardos Inglórios (2009), Tarantino concentra mais no seu lado cômico e sanguinolento ao longo dos 165 minutos de filme (com direito a um desnecessário anticlímax, onde o próprio aparece, deslocado).
Com a promessa de ser um grande diretor hollywoodiano, Quentin Tarantino acaba se ‘perdendo’ na sua cinegrafia e no seu ‘estilo’ de copiar – ou homenagear? – gêneros. Para quem gosta da sua maneira de conduzir as rédeas, pode comprar seu ingresso sem hesitar.
Mesmo com ótimas atuações (outros destaques são DiCaprio, bem à vontade no papel de vilão, e Samuel L. Jackson como seu puxa-saco sulista), o diretor perde força em satirizar o 'spaghetti', que por si só já satirizava os westerns ‘made in USA’.
Independente das críticas de racismo por nomes como o cineasta Spike Lee (principalmente pelo uso exagerado da palavra depreciativa 'nigger'), Django Livre ainda é um divertido filme de Tarantino.
Mas, um dia, esse 'estilo' vai nos cansar e virar enfadonho.
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