CULTURA
Mais perto da comunidade
Grupo Ser Tão Teatro e banda Zefirina Bomba estão entre os 104 selecionados pelo programa de patrocínio do Itaú Cultural.
Publicado em 28/05/2014 às 6:00 | Atualizado em 29/01/2024 às 15:58
"Esta nova cara do Rumos veio perguntar à classe artística: 'do que vocês estão precisando?'". As palavras de Cristina Streva, fundadora do Grupo Ser Tão Teatro, sobre o programa de patrocínio do Itaú Cultural, sintetiza o porquê do edital ter sido tão concorrido neste ano. Foram mais de 15 mil projetos inscritos, entre nacionais e internacionais. Entre o seleto grupo de 104 selecionados, estão os projetos paraibanos do grupo Ser Tão Teatro e da banda Zefirina Bomba.
Em outubro de 2013, um comitê do Itaú Cultural veio a João Pessoa divulgar o projeto e explicar as mudanças do Rumos, que existe há 17 anos. A repaginada das diretrizes amplia as escolhas e derruba algumas barreiras dos editais de cultura.
A nova fase do Rumos, por exemplo, não tem um incentivo específico para cada área de expressão artística ou intelectual; o artista (ou grupo) tem a liberdade de escolher como deseja realizar sua parceria com o projeto.
No caso do Ser Tão Teatro, o projeto será de manutenção, baseado em três etapas: oficinas para a comunidade e os artistas, um acervo das memórias do grupo e pesquisas artísticas.
No ano passado, a sede do Ser Tão Teatro foi alvo de dois assaltos em um curto espaço de tempo, o que acarretou na perda do acervo e equipamentos técnicos do grupo.
“Esta é uma esperança de renovação e de continuidade do nosso trabalho. Queremos que nossos artistas possam ter uma função mais permanente junto com a cidade”, disse Cristina.
O grupo, que já rodou mais de 80 cidade no Brasil, tem pretensões agora de realizar ações menos pontuais com a comunidade, como oficinas ao longo do ano todo.
TURNÊ E 'DOC'
A banda Zefirina Bomba também foi contemplada pelo Rumos.
Com fé no rock e pé na tábua, o grupo põe em frente o projeto de um intercâmbio cultural na América Latina.
Já conhecida por suas "roadtrips", O power-trio trouxe à Paraíba, por exemplo, bandas do Chile e França. “Agora vamos fazer o processo inverso. A gente quer ir lá, vivenciar essa experiência e documentar tudo para trazer ao público daqui. O projeto é bem amplo, mas bem dentro do que a gente fez a vida toda”, contou Ilsom Barros, vocalista da banda.
O grupo quer percorrer cerca de dez países de carro, partindo do Brasil e chegando ao México. “Já fizemos muito barulho por João Pessoa e está na hora de fazer fora. Isso é a exportação da arte. A gente lutou muito para tornar isso uma identidade do Zefirina, e acho que termos sido selecionados tem muito a ver com a nossa história”, disse.
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