CULTURA
Mapeamento da arte cênica
Crítico teatral e diretor artístico Ricardo Schöpke, realizará um levantamento no setor de artes cênicas do Estado.
Publicado em 25/08/2012 às 6:00
O carioca Ricardo Schöpke, crítico teatral e diretor artístico da Cia. Boto-Vermelho, se encontra em João Pessoa para fazer o Mapeamento do Setor das Artes Cênicas para a Infância e Juventude, patrocinado pelo Ministério da Cultura (Minc) e Petrobras.
“A radiografia minuciosa vai poder ajudar como está a economia criativa do teatro”, conta Schöpke, que estará até amanhã recolhendo informações a partir de um formulário detalhado.
Segundo o militante artístico, serão exploradas questões como quantos grupos existem na Paraíba, quantos sobrevivem com verbas federais, municipais, estaduais ou privadas, o número de peças encenadas, o perfil do público, a arrecadação, entre outros pontos.
A Paraíba é o quarto estado que Schöpke visita. Depois de Goiás, Alagoas e Pernambuco, ele revela que ficou surpreso com a situação do teatro paraibano, principalmente com o recém-lançado edital do Fundo de Incentivo à Cultura Augusto dos Anjos (FIC), que está disponibilizando R$ 300 mil para a área. “Nos outros estados a situação é pior. É constrangedor e fico triste com isso.”
POR TODO O PAÍS
A previsão é que até dezembro o mapeamento das 27 Unidades Federais seja concluído. Ainda no primeiro semestre de 2013, um catálogo com todas as discriminações por região será publicado, inclusive com lançamento na Paraíba para "ver o resultado que está sendo feito de base para crescer".
Os dados vão servir de referência para o Programa Petrobras Distribuidora de Cultura, que tem previsão de lançamento de um novo edital no mês de novembro.
Ricardo Schöpke revela que o programa – que promove a circulação de espetáculos nas categorias adulto e infanto-juvenil – vai destinar R$ 2 milhões apenas ao teatro para infância e juventude nos 27 estados do país.
O carioca diz que o raio-x não acaba amanhã. O ator e diretor paraibano Edilson Alves, da Arretado Produções, continuará recebendo os dados. "O objetivo é não deixar escapar ninguém", garante.
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