icon search
icon search
home icon Home > cultura
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

CULTURA

Melody Gardot lança novo trabalho com soul, gospel e rock

Depois de um acidente aos 18 anos, Melody Gardot escreveu canções, registradas nos discos que começaria a lançar em 2008.

Publicado em 12/08/2015 às 6:00

Depois de surgir, radiante, no jazz e passear pela world music, a cantora, compositora e pianista Melody Gardot fincou os pés no soul, no gospel, no funk e até no rock para compor seu novo CD, Currency of Man (Universal, R$ 25,90). Nascida na Filadélfia (EUA), Gardot descobriu sua vocação depois de um acidente aos 18 anos, em 2003: um carro a atropelou enquanto ela andava de bicicleta. A batida foi feia e além de ossos quebrados, lhe deu uma sensibilidade à luz, que a obriga a usar óculos escuros o tempo todo.

No hospital, sua terapia era escrever canções e afinar a voz. Dessa forma, ela ganhou não só uma vocal macio e envolvente, como escreveu canções arrebatadoras, registradas nos discos que começaria a lançar em 2008. De lá para cá, são quatro álbuns, contando com este.Além de novos caminhos, que atestam a versatilidade de uma cantora em constante evolução, Melody Gardot resolveu que era hora de mostrar que também tem muito a dizer.

Canções etéreas que falam sobre a quanto anda o tempo ou a saudade daquele amor distante agora dão vez a letras que abordam questões sociais. ‘Preacherman’, um dos pontos altos do repertório de dez faixas, surgiu a partir de uma história contada pelo baterista da cantora, Chuck Staab, sobre um garoto negro de 14 anos que fora brutalmente assassinado em 1955 por ter flertado com a funcionária branca de uma mercearia.

A canção, que encontra eco na mais famosa música de protesto da primeira metade do século 20, ‘Strange fruit’, traça paralelos com casos recentes de violência e racismo. Violência que assustou a cantora quando ela passou pelo Brasil, na época que estava compondo seu disco de world music, The Absence (2012).

Segundo declarações dela ao jornal português Público, ela e uma amiga foram abordadas por dois policiais fortemente armados, que acharam perigoso as moças estarem por ali aquela hora da noite. “É preciso tudo isso?”, questionou a cantora, referindo-se à truculência. Currency of Man resulta em um disco mais coeso e inspirado que seu antecessor. Na primeira metade, Gardot experimenta novas palhetas, como em ‘It gonna come’, faixa recheada de soul que lhe rendeu comparações com Indie Arie.

No “lado B”, ela enfileira o tipo de canção que fez o mundo cair aos seus pés no álbum dela, My One and Only Thrill (2009). São músicas como ‘If a never recall your face’, de temática mais apaixonada, adornada com uma bela sessão de cordas e o piano sempre elegante da cantora.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp