CULTURA
Mês da Visibilidade Trans e Travesti: 5 artistas da Paraíba para você conhecer
Enaltecer o trabalho desse grupo é importante para contribuir para a ascensão de identidades que foram historicamente apagadas.
Publicado em 31/01/2022 às 11:15
No dia 29 de janeiro é comemorado o Dia da Visibilidade Trans e Travesti, e o durante o mês de janeiro, pautas sobre esse grupo historicamente apagado são revisitadas para contribuir para a uma ascensão da comunidade.
Por isso, o Jornal da Paraíba preparou uma lista com cinco artistas trans e travestis para você conhecer o trabalho, divulgar e enaltecer essas vivências.
Danny Barbosa
Professora e atriz, Danny Barbosa foi uma das primeiras estudantes trans na Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Ela estreou no cinema com "Hosana nas Alturas", de Eduardo Varandas, em 2017. Participou de "Sol, Alegra", de Tavinho Teixeira, em 2018, e "O Seu Amor de Volta - Mesmo Que Ele Não Queira", de Betrand Lira, em 2019.
Seu trabalho mais conhecido foi "Bacurau", de Kléber Mendonça Filho, em 2019, com o papel de Darlene. Além de atriz, Danny é professora de português da rede municipal de ensino de João Pessoa, em turmas de 6° ano do ensino fundamental e para adultos do Ensino de Jovens e Adultos (EJA).
Em 2020, estreia seu primeiro filme como diretora e roteirista, "Café com Rebu".
Julian Santos
Cantor e compositor, Julian Santos também é defensor de causas LGBTQ+ e acumula mais de 90 mil seguidores apenas em uma rede social.
Canta e escreve principalmente sobre seus sentimentos enquanto uma pessoa que lutou para conquistar seu espaço, que deseja ser lembrado através da arte.
Lama
A escritora Lama lançou julho de 2021 seu primeiro livro, “Da lama ao caos”, uma coletânea de 60 poesias que está dividida em três partes: “Terra”, “Metal” e “Sopro”.
As poesias retratam experiências dela enquanto travesti e foi publicado através de uma editora independente, a Triluna, por meio do edital ‘Lua Negra’, que selecionou outras publicações de escritores pretos, para inserção nas bibliotecas de Oxford, Stanford, Yale e na Biblioteca pública de Nova Iorque, nos Estados Unidos.
São três partes que reúnem 60 poesias: “Terra” trata de questões mais afetivas e melancólicas, que estão ligadas à autora; “Metal”, que fala de pautas mais identitárias de luta e resistência; e “O Sopro”, onde Lama dá vida a essa lama que se encontra no ‘Caos TransAfrofuturista’ (sic).
Ian Valentin
Sonoplasta, designer, produtor e fotógrafo, Ian Valentin é pesquisador musical e DJ há mais de 10 anos. Atuou por quase seis anos na cidade de São Paulo e é estudioso dos sons percussivos da cultura popular brasileira.
Como DJ, explora e dissemina a diversidade dos ritmos brasileiros, da essência latino-americana, da diáspora africana e das raízes indígenas, com a fusão híbrida de elementos eletrônicos.
Já dividiu o mesmo palco com vários artistas como Africania, Bixiga 70, Chico César, Cátia de França, Céu, Dona Onete, Dusouto, Grupo Bongar, Jaguaribe Carne, Liniker, Luisa e Os Alquimistas, Nação Zumbi, Os Originais do Samba, Otto, Rico Dalasan, Siba, Tulipa Ruiz, Tássia Reis, dentre outros.
Bixarte
Dona de uma das vozes mais expoentes da paraíba, Bixarte é cantora, compositora, poetisa e rapper. Foi bicampeã estadual do Slam da Paraíba, finalista do Slam Brasil e ganhadora do Festival de Música da Paraíba. Aos 18 anos, lançou seu primeiro trabalho musical, chamado "Revolução". E, aos 19, suas mixtapes "Faces" e "Faces Remix".
Canta e recita sobre o que vive enquanto mulher preta, periférica e travesti, e também sobre a urgência de falar sobre corpos invisibilizados.
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